quarta-feira, 2 de junho de 2010
Fonte:TATAME
Campeão de Jiu-Jitsu e Grappling e lutador de MMA, Gabriel Kitober preparouum artigo especial para a TATAME. Radicado em Las Vegas, Estados Unidos, o faixa-preta formado por Oswaldo Alves, que ajuda nos treinamentos de nomes como Amir Sadollah, Matt Riddle e Matt Brown, escreveu sobre a importância do refinamento técnico e tático para o MMA. Confira abaixo o interessante artigo:
Uma coisa muito importante no MMA é a forma de como se ensinar a técnica para os atletas de maneira que o atleta entenda o sentido e a biomecânica do movimento, assim aperfeiçoando cada elemento técnico e cognitivo. Devemos, primeiro, separar por métodos e partes:
1 – método global: se ensina a posição do começo ao fim sem interrupção. Por exemplo, armlock na guarda: domine o braço do adversário, escale as pernas no ombro, passe a perna sobre a cabeça, exerça uma pressão sobre a articulação do cotovelo até que o adversário desista.
2 – método fragmentado: se mostra a posição, sobre diversas partes e ângulos, dando importância aos detalhes de cada aspecto do posicionamento do corpo, da distancia. Por exemplo: domine o braço, explique como dominar, como exercer mais pressão de forma que o adversário não consiga defender o começo do ataque, qual grupo muscular mais recrutado no movimento; depois como se escala, como o corpo deve se posicionar, desde o movimento da cabeça, do quadril, dos joelhos; e como se pesar as pernas sobre a cabeça e a parte posterior do deltóide, explicando o sentido de cada movimento.
3 – devemos mostrar a posição e, em seguida, suas defesas e contra-ataques, para que o aluno avance no entendimento completo da biomecânica do movimento. Por exemplo: quando o adversário inicia um ataque de armlock na guarda, devemos manter uma postura com que ele não consiga se posicionar e ficar confortável para o ataque, ou até como fazemos para contra atacar quando o adversário tentar executar o armlock na guarda.
Execução dos movimentos pelos atletas:
1 – Os atletas devem repetir os movimentos de forma global e fragmentada.
2 – O atleta deve repetir a posição de forma competitiva começando com uma resistência pequena por parte do colega de treino e ir aumentando a resistência conforme, a posição for ficando natural, isso sempre levando em consideração as especificidades de cada evento, como, por exemplo, o tempo de luta as regras e o ambiente, por exemplo ringue ou Cage. Deve-se fazer as posições no meio do ringue, encostado na grade, etc.
Regras básicas:
- Não passar de um movimento pro outro até que se domine completamente a posição;
- Levar em consideração a especificidade de cada combate e sua estratégia, tempo, regras, saber que movimentos aplicar para cada tipo de adversários, tanto como de ataque como de defesa;
- Corrigir todos os defeitos dos movimentos e explicar porque não executar daquela maneira;
- Comprovar o rendimento técnico em cada competição.
sábado, 5 de dezembro de 2009
ENTREVISTA COM O REPRESENTANTE DA LUTA-LIVRE NO UFC:TERY ETIM

Você não conhece Terry Etim? Anote este nome, pois você ainda vai ouvir muito sobre este inglês, de 24 anos, que está chamando a atenção no UFC. Fã de Anderson Silva, o peso leve ficou perto de ser cortado do UFC, mas venceu suas últimas quatro lutas, abocanhou dois prêmios de finalização da noite e vem roubando a cena. Em entrevista exclusiva à TATAME, o inglês falou sobre seu começo nas lutas, seu crescimento no MMA com a Luta Livre e o sonho de se tornar o primeiro inglês a conquistar um cinturão no UFC. Mas, segue sem pressa. “Com muito suor e dedicação, espero chegar lá um dia”, disse, imaginando como seria uma luta contra BJ Penn. Confira abaixo o bate-papo com o casca-grossa.
Como você começou no MMA?
Eu comecei depois de assistir umas fitas dos primeiros eventos do UFC, na época do Royce. Assim que desliguei a TV fui me inscrever em uma aula de Muay Thai, na equipe do Colin Heron, com quem treino ate hoje.
Quem é o seu maior ídolo no MMA?
Gosto muito do Anderson Silva, acho que ele consegue trazer todos seus adversários para o seu jogo.
Tem algum adversário que você gostaria de enfrentar?
Não penso nisso, nunca gostei de escolher adversários e sempre lutei com quem o UFC colocou pra mim. Só penso em seguir vencendo no UFC.
Você teve um começo de carreira arrasador, mas perdeu duas seguidas no UFC. Você sentiu a mudança para o UFC?
Nessas duas derrotas eu enfrentei atletas muito mais experientes que eu. Além disso, eu não tinha um bom jogo de chão e, mesmo assim, lutei ate o final, perdendo na decisão. Hoje, me sinto um lutador muito mais completo e com certeza, hoje em dia, o resultado daquelas duas lutas seria diferente.
Como surgiu a oportunidade de ir para a RFT?
Eu fui ao Brasil acompanhando meu parceiro de treino, o Mark Scanlon, e fui treinar na RFT. O que me impressionou foi a forma como fui tratado, todos lá me trataram muito bem.
Você tem vontade de vir treinar na RFT no Brasil?
Tenho sim. Gosto muito de todos da RFT do Brasil, sinto que além de companheiros de equipe são também verdadeiros amigos que sempre torcem por mim e eu por eles. O único problema é o meu calendário de lutas e treinos, que é bem puxado, e acabo não tendo tempo de viajar.
O que você conhece do Brasil?
Gosto muito do Brasil. Conheço o Corcovado, Pão de Açócar, as praias de Ipanema, Copacabana... Acho o Rio de Janeiro muito bonito.
Como funciona a parceria entre a Team Kaobon e a RFT?
A Kaobon é uma equipe de tradição no Muay Thai, mas nós não tínhamos um professor de chão com a qualidade que precisávamos. Então, decidimos contratar o Marcelo Brigadeiro, que é um faixa preta de Luta Livre da RFT, para ficar responsável pelos treinos de Luta Livre da gente. O Brigadeiro chegou aqui e firmou essa aliança entre a Kaobon e a RFT e agora representamos ambas. Essa parceria está dando tão certo que já conquistamos 58 vitórias em 62 lutas de MMA.
Fale um pouco sobre os treinos na RFT. Você treina com quais brasileiros?
Eu treino todo dia com o meu professor, o Marcelo Brigadeiro, mas ele sempre procura trazer alguns lutadores da RFT do Brasil para lutar e treinar com ele aqui na Inglaterra, então acabo treinando com eles também. Esse ano, já vieram o Julian Jabá, o Franklin Jensen, o Felipe Borges e o Besouro.
Que mudanças a Luta Livre trouxe para o seu jogo e como isso mudou a sua carreira?
A Luta Livre mudou muito minha carreira. Isso porque sempre me sai bem na trocação, e por isso meu chão era trabalhado como uma arte secundaria. Eu me sentia como um striker que “se virava” no chão. Quando o Brigadeiro chegou aqui, ele me chamou pra conversar e disse que queria me transformar em um autêntico lutador de chão, e até brincou que logo eu seria um “grappler” que se virava
Quais os planos para essa grana extra das finalizações da noite?
Eu vou guardando essa grana... Sou muito novo ainda e não sabemos o dia de amanhã.
Antigamente, você evitava levar as lutas para o chão, mas hoje as suas vitórias vêm de lá...
Antes, quando a luta ia para o chão, eu ficava nervoso e pensava que eu tinha que sobreviver até que a luta voltasse de pé. Hoje, penso que meu adversário está em maus lençóis e que posso finalizar qualquer um. A Luta Livre que venho aprendendo está me tornando um lutador melhor a cada dia.
Você estava quase sendo cortado do UFC, e hoje é uma das grandes revelações da categoria. Como você vê isso?
Eu acho que isso se deu graças à minha evolução como atleta e ao trabalho duro dos meus treinadores Colin Heron e Marcelo Brigadeiro, que conseguiram me moldar da forma certa. Além disso, conto com excelentes parceiros de treino e de uma estrutura invejável na RFT/Kaobon.
O UFC nunca teve um campeão inglês. Você sonha com isso?
Com certeza, mas não tenho pressa. Com muito suor e dedicação, espero chegar lá um dia.
A sua categoria tem sido dominada por BJ Penn há um bom tempo. O que você acha dele?
O BJ é um lutador excepcional. Ele é completo e tem um jogo muito objetivo, é perigoso e com certeza merece estar onde está.
O UFC já falou sobre uma possível chance pelo título?
Eu procuro não me envolver muito nesse assunto, tenho um empresário que cuida da minha carreira e o Colin e o Brigadeiro que me deixam pronto para qualquer adversário. Eu só me preocupo em treinar e fazer o que meus treinadores me dizem para fazer. Minha chance de lutar virá pelo título virá um dia e eu estarei pronto quando isso acontecer.
Como você acha que seria uma luta contra ele?
Seria uma luta dura, com certeza. Uma estratégia inteligente teria que ser traçada e seguida porque contra ele não se pode bobear. A única certeza é que eu exploraria minha maior envergadura e tentaria preparar alguma surpresa.
Você já sabe quando voltará ao octagon e quem será o seu adversário?
Ainda não sei com quem vou lutar, mas estou na expectativa de lutar no início do ano que vem. Sou funcionário do UFC e quando eles me escalarem eu vou lutar, darei o meu melhor.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
A LUTA-LIVRE AMDURECENDO E GANHANDO ESPAÇO!

Por Erik Engelhart
Fotos Erik Engelhart
Aconteceu na última sexta-feira (27), no Colégio Princesa Isabel, em Botafogo, a segunda graduação de Luta Livre da equipe Brasil Evolution. O time, comandado pelo faixa-preta Marcelo Pitbull, aplicou o exame de faixas para aproximadamente 20 alunos. Com o objetivo de resgatar a identidade da modalidade, o evento foi batizado de Origem da Luta Livre e reuniu grandes mestres do esporte, como Eugênio Tadeu, Hugo Duarte, Alexandre Pequeno, Jaime Brandão, Rafael Didane, Hans Roloff, Márcio Sobral e Aritano Barbosa.
Rodrigo Artilheiro, campeão brasileiro de Luta Olímpica, também esteve presente no evento e se sentiu honrado diante da velha guarda da luta agarrada: “É um prazer estar aqui com essas lendas vivas da luta, caras que quando eu nem pensava em lutar, já eram faixas-pretas e faziam história”, disse Rodrigo.
Os cascas-grossas das antigas avaliaram os lutadores e botaram a conversa em dia, relembrando antigos “causos”, tudo em um clima familiar e de descontração. Pitbull estampava alegria com um sorriso permanente no rosto. O faixa-preta formado por Hugo Duarte agradeceu a presença dos mestres e comentou o atual momento que vive o esporte.
“Gostei muito da presença de todos os mestres e o nome desse exame, Origem da Luta Livre não é por acaso, a presença de Hugo, Eugênio, Jaime e todos os mestres mostra isso, estou muito feliz de estar podendo formar atletas. A Luta Livre está crescendo muito e graças a Deus, temos equipes que também honram o nome da modalidade, como a RFT, a Budokan, Charlye Brown entre outras. Esse é o esporte do momento, você vê no MMA como é importante a Luta Livre. Você já viu algum atleta entrar de quimono no MMA atual? Jiu-Jitsu sem quimono não existe, é Luta Livre”, garante Marcelo.
Eugênio Tadeu era o mais animado, passou instruções aos atletas graduados, mostrou detalhes de posições e um pouco dos segredos que o tornaram uma lenda da Luta Livre e do Vale-Tudo. O mestre explicou a diferença do Vale-Tudo, para o MMA atual: “hoje em dia, diferentemente do passado, não existe a disputa entre a melhor luta e sim entre o melhor lutador, independente da modalidade”, avaliou Eugênio, que se demonstrou muito satisfeito com a nova geração e o fato de a Luta Livre “estar na moda”, segundo ele.
“Essa graduação é fruto de um trabalho que a gente fez no passado, o Pitbull é um cara dedicado, um bom menino, com caráter, então temos que prestigiar o trabalho dele, que pelo segundo ano está graduando seus alunos. Estamos onde a Luta Livre estiver, nós somos o esporte da moda, todo mundo está treinando sem quimono”, comemorou Tadeu.
Daniel Didane, presidente da Federação de Luta-Livre e Submission do Estado do Rio de Janeiro, (FLLSERJ) comentou o que está em primeiro plano em sua atual gestão.
“A Luta Livre é único esporte oriundo do Rio de Janeiro, a única cultura de esporte brasileira que nasceu no Rio. Temos que nos unir para resgatar o histórico da Luta Livre. O Jiu-Jitsu foi perfeitamente representado por Royce Gracie quando entrava de quimono no UFC, agora muita gente treina a técnica da Luta Livre dizendo que é Brazilian Jiu-Jitsu. O Márcio Cromado está com alunos expoentes da nova geração, como o Azevedo, o Chocolate... Estamos bem representados na Inglaterra com o Brigadeiro, somos um número pequeno, mas estamos muito bem representados. Fundei a Luta Livre em 18 países, morei muito tempo na Europa, só na Alemanha tenho 28 academias me representando, estamos expandindo de uma maneira singular e unificada”, finalizou o faixa-preta.
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
FELIPE BRILHA NA SUPER LUTA DO WFC POZIL!!!




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A segunda edição do WFC Pozil agitou o público gaucho na Expogramado neste sábado. Tanto as super lutas quanto o desafio RS x RJ esquentaram a temperatura e agitaram a torcida. A vitória foi para o Rio de Janeiro, mas por placar apertado (3 a 2). Já na luta internacional, Felipe Arinelli, conhecido como Mongo, triunfou após uma dura batalha contra a pedreira do Uruguai Sebastian La Torre.
Depois de conseguir boas quedas e castigar no primeiro round, Mongo colocou ainda mais fogo no seguimento, quando foi com tudo para a trocação franca. Sebastian não desistia e, mesmo com forte sangramento no nariz, também partia para cima. Ao final a vitória foi para o brasileiro por decisão dividida, julgamento até surpreendente já que, apesar do empenho do estrangeiro, Mongo foi superior em todos os rounds. Na outra superluta internacional Marcelo Alfaia, o Grilo, acabou vencendo por WO. O adversário Manu Garcia (Espanha) não compareceu depois de alegar ter perdido o vôo. Em mais uma superluta, Miquel Falcão manteve a fama de nocauteador e venceu pela 23ª vez desta maneira, contra Arimarcel Chocolate. Depois de cair por cima ao chão, Falcão socou até a interrupção do árbitro Paulo Borracha.
O Sul iniciou bem o desafio contra o Rio. Num combate com bons momentos para os dois lados, Felipe Lavandoski bateu Leonardo Tangerina por decisão dividida. Em seguida foi a vez de Eduardo Pachu entrar em ação e igualar o placar. Na volta aos ringues depois da participação no GP do Fury FC, contra Nelson Velasques, o carioca precisou de pouco tempo para quedar e nocautear com socos da montada. “Estou de volta”, comemorou.
Coube a Igor Chatubinha colocar os cariocas à frente no marcador. Também rapidamente, o guerreiro da comunidade da Vila Cruzeiro encaixou um triângulo de braço para decidir contra Sandro Reni. Professor da fera, Robson Relma foi homenageado no evento pelo trabalho que vem fazendo nas comunidades carentes. Sob as instruções do lutador do UFC Thiago Tavares e do mestre Tunicão, Ivan Batman ampliou o placar para 3 a 1 a favor do RJ. Numa disputa que durou os três rounds, o lutador conseguiu boas quedas e trabalhou bem ao chão, com duas montadas, para vencer Rodrigo Pitbull por decisão dividida. Na última luta do Desafio, Gilmar Dutra diminuiu a diferença contra Rafael Capoeira. Depois de quedar, Gilmar pegou as costas e finalizou com um mata-leão, ainda no primeiro assalto. Capoeira, que caiu apoiando o braço, acabou contundido. Confira todos os resultados:
Super Lutas
- Marcelo Alfaia “Grilo” venceu Manu Garcia por WO
- Felipe Arinelli (Gracie Niterói - RJ) venceu Sebastian La Torre (Meca - URU) por decisão dividida
- Maiquel Falcão (Falcão Team - RS) venceu Arimarcel Chocolate (Furacão Fight Tem) por TKO no 1º R
Desafio RS x RJ
- Felipe Lavandoski Grilo (Garra Team - RS) venceu Leonardo Tangerina (Vikytor Gym - RJ) por decisão dividida
- Eduardo Pachu (Vikytor Gym – RJ) venceu Nelson Velasques (Garra Team - RS) por TKO no 1º R
- Igor Veiga Chatubinha (Relma/Minotauro Team - RJ) venceu Sandro Reni (Arena - RS) com um triângulo de braço no 1º R
- Ivan Batman (Tavares Team - RJ) venceu Rodrigo Pitbull (Duarte Casca Grossa - RS) por decisão dividida
- Gilmar Dutra (Nogushi Team - RS) finalizou Rafael Capoeira (Vikytor Gym - RJ) com um mata-leão no 1º R