sábado, 5 de dezembro de 2009

ENTREVISTA COM O REPRESENTANTE DA LUTA-LIVRE NO UFC:TERY ETIM

Por Guilherme Cruz

Você não conhece Terry Etim? Anote este nome, pois você ainda vai ouvir muito sobre este inglês, de 24 anos, que está chamando a atenção no UFC. Fã de Anderson Silva, o peso leve ficou perto de ser cortado do UFC, mas venceu suas últimas quatro lutas, abocanhou dois prêmios de finalização da noite e vem roubando a cena. Em entrevista exclusiva à TATAME, o inglês falou sobre seu começo nas lutas, seu crescimento no MMA com a Luta Livre e o sonho de se tornar o primeiro inglês a conquistar um cinturão no UFC. Mas, segue sem pressa. “Com muito suor e dedicação, espero chegar lá um dia”, disse, imaginando como seria uma luta contra BJ Penn. Confira abaixo o bate-papo com o casca-grossa.

Como você começou no MMA?

Eu comecei depois de assistir umas fitas dos primeiros eventos do UFC, na época do Royce. Assim que desliguei a TV fui me inscrever em uma aula de Muay Thai, na equipe do Colin Heron, com quem treino ate hoje.

Quem é o seu maior ídolo no MMA?

Gosto muito do Anderson Silva, acho que ele consegue trazer todos seus adversários para o seu jogo.

Tem algum adversário que você gostaria de enfrentar?

Não penso nisso, nunca gostei de escolher adversários e sempre lutei com quem o UFC colocou pra mim. Só penso em seguir vencendo no UFC.

Você teve um começo de carreira arrasador, mas perdeu duas seguidas no UFC. Você sentiu a mudança para o UFC?

Nessas duas derrotas eu enfrentei atletas muito mais experientes que eu. Além disso, eu não tinha um bom jogo de chão e, mesmo assim, lutei ate o final, perdendo na decisão. Hoje, me sinto um lutador muito mais completo e com certeza, hoje em dia, o resultado daquelas duas lutas seria diferente.

Como surgiu a oportunidade de ir para a RFT?

Eu fui ao Brasil acompanhando meu parceiro de treino, o Mark Scanlon, e fui treinar na RFT. O que me impressionou foi a forma como fui tratado, todos lá me trataram muito bem.

Você tem vontade de vir treinar na RFT no Brasil?

Tenho sim. Gosto muito de todos da RFT do Brasil, sinto que além de companheiros de equipe são também verdadeiros amigos que sempre torcem por mim e eu por eles. O único problema é o meu calendário de lutas e treinos, que é bem puxado, e acabo não tendo tempo de viajar.

O que você conhece do Brasil?

Gosto muito do Brasil. Conheço o Corcovado, Pão de Açócar, as praias de Ipanema, Copacabana... Acho o Rio de Janeiro muito bonito.

Como funciona a parceria entre a Team Kaobon e a RFT?

A Kaobon é uma equipe de tradição no Muay Thai, mas nós não tínhamos um professor de chão com a qualidade que precisávamos. Então, decidimos contratar o Marcelo Brigadeiro, que é um faixa preta de Luta Livre da RFT, para ficar responsável pelos treinos de Luta Livre da gente. O Brigadeiro chegou aqui e firmou essa aliança entre a Kaobon e a RFT e agora representamos ambas. Essa parceria está dando tão certo que já conquistamos 58 vitórias em 62 lutas de MMA.

Fale um pouco sobre os treinos na RFT. Você treina com quais brasileiros?

Eu treino todo dia com o meu professor, o Marcelo Brigadeiro, mas ele sempre procura trazer alguns lutadores da RFT do Brasil para lutar e treinar com ele aqui na Inglaterra, então acabo treinando com eles também. Esse ano, já vieram o Julian Jabá, o Franklin Jensen, o Felipe Borges e o Besouro.

Que mudanças a Luta Livre trouxe para o seu jogo e como isso mudou a sua carreira?

A Luta Livre mudou muito minha carreira. Isso porque sempre me sai bem na trocação, e por isso meu chão era trabalhado como uma arte secundaria. Eu me sentia como um striker que “se virava” no chão. Quando o Brigadeiro chegou aqui, ele me chamou pra conversar e disse que queria me transformar em um autêntico lutador de chão, e até brincou que logo eu seria um “grappler” que se virava em pé. Ele tem um jogo de chão muito técnico e agressivo, sempre buscando a finalização e eu, treinando com ele todo dia, passei a copiar o seu jogo. De lá prá cá foram quatro vitórias no UFC em quatro lutas e dois prêmios de finalização da noite. Hoje me sinto um lutador completo e muito confortável e confiante quando a luta vai para o solo.

Quais os planos para essa grana extra das finalizações da noite?

Eu vou guardando essa grana... Sou muito novo ainda e não sabemos o dia de amanhã.

Antigamente, você evitava levar as lutas para o chão, mas hoje as suas vitórias vêm de lá...

Antes, quando a luta ia para o chão, eu ficava nervoso e pensava que eu tinha que sobreviver até que a luta voltasse de pé. Hoje, penso que meu adversário está em maus lençóis e que posso finalizar qualquer um. A Luta Livre que venho aprendendo está me tornando um lutador melhor a cada dia.

Você estava quase sendo cortado do UFC, e hoje é uma das grandes revelações da categoria. Como você vê isso?

Eu acho que isso se deu graças à minha evolução como atleta e ao trabalho duro dos meus treinadores Colin Heron e Marcelo Brigadeiro, que conseguiram me moldar da forma certa. Além disso, conto com excelentes parceiros de treino e de uma estrutura invejável na RFT/Kaobon.

O UFC nunca teve um campeão inglês. Você sonha com isso?

Com certeza, mas não tenho pressa. Com muito suor e dedicação, espero chegar lá um dia.

A sua categoria tem sido dominada por BJ Penn há um bom tempo. O que você acha dele?

O BJ é um lutador excepcional. Ele é completo e tem um jogo muito objetivo, é perigoso e com certeza merece estar onde está.

O UFC já falou sobre uma possível chance pelo título?

Eu procuro não me envolver muito nesse assunto, tenho um empresário que cuida da minha carreira e o Colin e o Brigadeiro que me deixam pronto para qualquer adversário. Eu só me preocupo em treinar e fazer o que meus treinadores me dizem para fazer. Minha chance de lutar virá pelo título virá um dia e eu estarei pronto quando isso acontecer.

Como você acha que seria uma luta contra ele?

Seria uma luta dura, com certeza. Uma estratégia inteligente teria que ser traçada e seguida porque contra ele não se pode bobear. A única certeza é que eu exploraria minha maior envergadura e tentaria preparar alguma surpresa.

Você já sabe quando voltará ao octagon e quem será o seu adversário?

Ainda não sei com quem vou lutar, mas estou na expectativa de lutar no início do ano que vem. Sou funcionário do UFC e quando eles me escalarem eu vou lutar, darei o meu melhor.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A LUTA-LIVRE AMDURECENDO E GANHANDO ESPAÇO!

Por Erik Engelhart

Fotos Erik Engelhart

Fonte:Tatame

Aconteceu na última sexta-feira (27), no Colégio Princesa Isabel, em Botafogo, a segunda graduação de Luta Livre da equipe Brasil Evolution. O time, comandado pelo faixa-preta Marcelo Pitbull, aplicou o exame de faixas para aproximadamente 20 alunos. Com o objetivo de resgatar a identidade da modalidade, o evento foi batizado de Origem da Luta Livre e reuniu grandes mestres do esporte, como Eugênio Tadeu, Hugo Duarte, Alexandre Pequeno, Jaime Brandão, Rafael Didane, Hans Roloff, Márcio Sobral e Aritano Barbosa.

Rodrigo Artilheiro, campeão brasileiro de Luta Olímpica, também esteve presente no evento e se sentiu honrado diante da velha guarda da luta agarrada: “É um prazer estar aqui com essas lendas vivas da luta, caras que quando eu nem pensava em lutar, já eram faixas-pretas e faziam história”, disse Rodrigo.

Os cascas-grossas das antigas avaliaram os lutadores e botaram a conversa em dia, relembrando antigos “causos”, tudo em um clima familiar e de descontração. Pitbull estampava alegria com um sorriso permanente no rosto. O faixa-preta formado por Hugo Duarte agradeceu a presença dos mestres e comentou o atual momento que vive o esporte.

“Gostei muito da presença de todos os mestres e o nome desse exame, Origem da Luta Livre não é por acaso, a presença de Hugo, Eugênio, Jaime e todos os mestres mostra isso, estou muito feliz de estar podendo formar atletas. A Luta Livre está crescendo muito e graças a Deus, temos equipes que também honram o nome da modalidade, como a RFT, a Budokan, Charlye Brown entre outras. Esse é o esporte do momento, você vê no MMA como é importante a Luta Livre. Você já viu algum atleta entrar de quimono no MMA atual? Jiu-Jitsu sem quimono não existe, é Luta Livre”, garante Marcelo.

Eugênio Tadeu era o mais animado, passou instruções aos atletas graduados, mostrou detalhes de posições e um pouco dos segredos que o tornaram uma lenda da Luta Livre e do Vale-Tudo. O mestre explicou a diferença do Vale-Tudo, para o MMA atual: “hoje em dia, diferentemente do passado, não existe a disputa entre a melhor luta e sim entre o melhor lutador, independente da modalidade”, avaliou Eugênio, que se demonstrou muito satisfeito com a nova geração e o fato de a Luta Livre “estar na moda”, segundo ele.

“Essa graduação é fruto de um trabalho que a gente fez no passado, o Pitbull é um cara dedicado, um bom menino, com caráter, então temos que prestigiar o trabalho dele, que pelo segundo ano está graduando seus alunos. Estamos onde a Luta Livre estiver, nós somos o esporte da moda, todo mundo está treinando sem quimono”, comemorou Tadeu.

Daniel Didane, presidente da Federação de Luta-Livre e Submission do Estado do Rio de Janeiro, (FLLSERJ) comentou o que está em primeiro plano em sua atual gestão. “quero legitimar as academias e os atletas como sendo legítimos representantes da Luta Livre que nasceu no Brasil em 1920, através do Mestre Tatú, precursor disso tudo, o primeiro cara a ganhar um Gracie em uma luta de Vale-Tudo nos anos 40. Nossa representação não quer bater de frente com o pessoal do Jiu-Jitsu, até por que muitos querem dar aulas sem pano, vamos aceitar se eles quiserem se cadastrar na Federação”, disse o casca-grossa, que analisou o crescimento da modalidade ao redor do mundo, partindo de sua origem.

“A Luta Livre é único esporte oriundo do Rio de Janeiro, a única cultura de esporte brasileira que nasceu no Rio. Temos que nos unir para resgatar o histórico da Luta Livre. O Jiu-Jitsu foi perfeitamente representado por Royce Gracie quando entrava de quimono no UFC, agora muita gente treina a técnica da Luta Livre dizendo que é Brazilian Jiu-Jitsu. O Márcio Cromado está com alunos expoentes da nova geração, como o Azevedo, o Chocolate... Estamos bem representados na Inglaterra com o Brigadeiro, somos um número pequeno, mas estamos muito bem representados. Fundei a Luta Livre em 18 países, morei muito tempo na Europa, só na Alemanha tenho 28 academias me representando, estamos expandindo de uma maneira singular e unificada”, finalizou o faixa-preta.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

FELIPE BRILHA NA SUPER LUTA DO WFC POZIL!!!



A segunda edição do WFC Pozil agitou o público gaucho na Expogramado neste sábado. Tanto as super lutas quanto o desafio RS x RJ esquentaram a temperatura e agitaram a torcida. A vitória foi para o Rio de Janeiro, mas por placar apertado (3 a 2). Já na luta internacional, Felipe Arinelli, conhecido como Mongo, triunfou após uma dura batalha contra a pedreira do Uruguai Sebastian La Torre.

Depois de conseguir boas quedas e castigar no primeiro round, Mongo colocou ainda mais fogo no seguimento, quando foi com tudo para a trocação franca. Sebastian não desistia e, mesmo com forte sangramento no nariz, também partia para cima. Ao final a vitória foi para o brasileiro por decisão dividida, julgamento até surpreendente já que, apesar do empenho do estrangeiro, Mongo foi superior em todos os rounds. Na outra superluta internacional Marcelo Alfaia, o Grilo, acabou vencendo por WO. O adversário Manu Garcia (Espanha) não compareceu depois de alegar ter perdido o vôo. Em mais uma superluta, Miquel Falcão manteve a fama de nocauteador e venceu pela 23ª vez desta maneira, contra Arimarcel Chocolate. Depois de cair por cima ao chão, Falcão socou até a interrupção do árbitro Paulo Borracha.

O Sul iniciou bem o desafio contra o Rio. Num combate com bons momentos para os dois lados, Felipe Lavandoski bateu Leonardo Tangerina por decisão dividida. Em seguida foi a vez de Eduardo Pachu entrar em ação e igualar o placar. Na volta aos ringues depois da participação no GP do Fury FC, contra Nelson Velasques, o carioca precisou de pouco tempo para quedar e nocautear com socos da montada. “Estou de volta”, comemorou.

Coube a Igor Chatubinha colocar os cariocas à frente no marcador. Também rapidamente, o guerreiro da comunidade da Vila Cruzeiro encaixou um triângulo de braço para decidir contra Sandro Reni. Professor da fera, Robson Relma foi homenageado no evento pelo trabalho que vem fazendo nas comunidades carentes. Sob as instruções do lutador do UFC Thiago Tavares e do mestre Tunicão, Ivan Batman ampliou o placar para 3 a 1 a favor do RJ. Numa disputa que durou os três rounds, o lutador conseguiu boas quedas e trabalhou bem ao chão, com duas montadas, para vencer Rodrigo Pitbull por decisão dividida. Na última luta do Desafio, Gilmar Dutra diminuiu a diferença contra Rafael Capoeira. Depois de quedar, Gilmar pegou as costas e finalizou com um mata-leão, ainda no primeiro assalto. Capoeira, que caiu apoiando o braço, acabou contundido. Confira todos os resultados:

Super Lutas
- Marcelo Alfaia “Grilo” venceu Manu Garcia por WO
- Felipe Arinelli (Gracie Niterói - RJ) venceu Sebastian La Torre (Meca - URU) por decisão dividida
- Maiquel Falcão (Falcão Team - RS) venceu Arimarcel Chocolate (Furacão Fight Tem) por TKO no 1º R

Desafio RS x RJ
- Felipe Lavandoski Grilo (Garra Team - RS) venceu Leonardo Tangerina (Vikytor Gym - RJ) por decisão dividida
- Eduardo Pachu (Vikytor Gym – RJ) venceu Nelson Velasques (Garra Team - RS) por TKO no 1º R
- Igor Veiga Chatubinha (Relma/Minotauro Team - RJ) venceu Sandro Reni (Arena - RS) com um triângulo de braço no 1º R
- Ivan Batman (Tavares Team - RJ) venceu Rodrigo Pitbull (Duarte Casca Grossa - RS) por decisão dividida
- Gilmar Dutra (Nogushi Team - RS) finalizou Rafael Capoeira (Vikytor Gym - RJ) com um mata-leão no 1º R

segunda-feira, 13 de julho de 2009

UFC-100-BRASILEIROS NÃO SE DÃO BEM!!

Fonte:Tatame

Numa edição história, o UFC 100 terminou amargo para os brasileiros. Com a chance de conquistar o terceiro cinturão do UFC, Thiago Pitbull acabou dominado pelo eficiente jogo de Georges St. Pierre. Outra esperança da categoria, Paulo Thiago chegou invicto ao octagon, mas acabou superado pelo duro Jon Fitch.

Colocando um fim na novela do duplo cinturão dos pesados, Brock Lesnar atropelou Frank Mir. No melhor nocaute da noite, Dan Henderson colocou Michael Bisping para dormir com um belo cruzado de direita. Confira abaixo todos os detalhes do UFC 100 e fique ligado na TATAME para ver, ao longo da semana, a repercussão do evento, entrevistas e uma galeria de fotos dos combates.

ST. PIERRE DÁ SHOW E SEGUE CAMPEÃO

A esperança brasileira de conquistar o terceiro cinturão do UFC e retomar a hegemonia do maior evento de MMA do mundo esbarrou num canadense. Georges St. Pierre parou o cearense Thiago Pitbull e deu uma aula de quedas durante os 25 minutos de luta. No primeiro assalto, o brazuca tentou colocar seu Muay Thai em jogo, mas GSP sabia que o caminho mais seguro para a luta contra o atleta da American Top Team era no solo.

Mostrando uma boa defesa de quedas nas lutas anteriores, Thiago não conseguiu evitar as tentativas do canadense, que colocou Thiago no chão durante os cinco rounds de luta. No primeiro assalto, St. Pierre chegou a pegar as costas de Thiago, encaixar os ganhos e ensaiar um mata-leão, mas Thiago rodou e conseguiu escapar. A partir daí, cada soco de Thiago era respondido com uma queda. No final da luta, vitória na decisão unânime para St. Pierre. Após a vitória, o canadense elogiou o brasileiro, considerando Thiago seu desafio mais duro.

BROCK LESNAR DESTRÓI FRANK MIR

Na sua quinta luta profissional, Brock Lesnar vingou sua única derrota da carreira, e em grande estilo. Diante de Frank Mir, que se credenciou para o combate ao derrotar Rodrigo Minotauro, Lesnar colocou o adversário no chão e trabalho com potentes socos, deixando o rosto do adversário bastante inchado ao final da primeira etapa. No começo do segundo round, porém, Brock colocou um ponto final na luta e tratorizou Mir, vencendo por nocaute técnico.

Mesmo com a vitória, Brock foi bastante vaiado pelo público, e deu mais razões ao mostrar gestos obscenos para os fãs que lotaram a arena. Na entrevista após a vitória, Lesnar deu mais motivos para receber uns puxões de orelha de Dana White, presidente do UFC. Rindo das vaias, Lesnar disse que iria para casa comemorar a vitória com sua esposa, bebendo a cerveja concorrente da que anuncia no UFC, pois a mesma não lhe pagava bem. Após o festival de trabalhadas verbais do campeão peso pesado, Mir agradeceu o carinho do público e elogiou a performance do adversário, que momentos antes fez questão de provocá-lo.

PAULO THIAGO PERDE INVENCIBILIDADE

A luta entre Paulo Thiago e Jon Fitch, que seria uma das atrações antes dos combates principais, acabou fechando a noite. Invicto com 11 vitórias, incluindo um belo nocaute sobre Josh Koscheck na sua estreia no UFC, o policial do BOPE não conseguiu imprimir o seu jogo. Começando bem, o brasileiro até conseguiu encaixar uma guilhotina no primeiro assalto, forçando Fitch a se defender por mais de dois minutos. Quando conseguiu escapar, o duríssimo americano castigou Paulo até o soar do gongo. E essa foi a tônica da luta, que seguiu durante 15 minutos com domínio de Fitch e vitória na decisão unânime.

DAN HENDERSON COLOCA BISPING PARA DORMIR

No duelo dos técnicos do The Ultimate Fighter 9, Dan Henderson e Michael Bisping protagonizaram um combate cheio de rivalidade. Antes da luta, Bisping prometia nocautear o americano, feito que ninguém jamais conseguiu fazer. Por outro lado, Henderson disse que calaria o inglês durante a luta... E o fez em grande estilo. Bem melhor na trocação, Dan guardou o golpe certeiro para o segundo round, quando colocou Bisping para baixo já desacordado. Com o inglês no chão, o ex-campeão do Pride, ainda saltou para outro potente soco no rosto do oponente.

Comemorando a incrível vitória, Henderson não perdeu a chance de devolver as provocações do inglês. “Eu via que ele caminhava para a minha direita, mas isso não era uma coisa muito inteligente de se fazer”, disse, para o delírio da torcida. Perguntando se já sabia que o oponente caíra desacordado, Henderson foi sincero. “Um lutador experiente sabe quando o cara está desacordado, mas (dei o último soco) para calá-lo ainda mais”, finalizou. Com a bela vitória, Dan pode ser o próximo adversário de Anderson Silva pelo cinturão do Ultimate,

AKIYAMA ESTREIA BEM NO ULTIMATE

Estreando no UFC após uma brilhante carreira no MMA japonês, onde bateu estrelas como Denis Kang e Melvin Manhoef, Yoshihiro Akiyama travou uma grande batalha com Alan Belcher. Começando melhor, o japonês acabou sofrendo um knockdown no primeiro assalto, mas seu domínio seguiu no segundo assalto, quando usou o seu Judô e agüentou bem os low kicks do adversário. No último round, os dois lutadores, exaustos, trocaram socos até o fim do tempo, com destaque para um soco voador de Belcher, que deu impulso usando a grade do octagon. No fim, vitória merecida de Akiyama na decisão dividida.

JON JONES BRILHA MAIS UMA VEZ

O americano Jon Jones continua impressionando. Na sua terceira luta no octagon do Ultimate, Jon não deu chances a Jake O’Brien. Dominando as ações no primeiro assalto, com bons chutes e evitando as tentativas de queda do oponente, Jones deu um soco giratório que deixou Jake tonto, abrindo espaço para uma guilhotina. Invertendo o posicionamento das mãos, Jon Jones encaixou um triângulo de mão e forçou os três tapinhas. É a nona vitória do americano na carreira, a terceira no UFC, seguindo invicto na carreira. Na luta seguinte, Jim Miller bateu Mac Danzig na decisão unânime.

MARK COLEMAN VENCE NA DECISÃO

Voltando ao octagon após a derrota para Maurício “Shogun”, Mark Coleman conquistou sua primeira vitória no UFC no século 21. Contra o igualmente experiente Stephan Bonnar, Coleman precisou dos três rounds para vencer, dominando dois e levando a vitória na decisão unânime dos juizes.

Nas duas primeiras lutas da noite, rápidas finalizações. Diante de Matt Grice, Shannon Gugerty foi rápido no gatilho para encaixar uma guilhotina e fechar a conta com pouco mais de dois minutos de luta. Se parecia rápido, Tom Lawlor veio em seguida para fazer ainda melhor. Enfrentando CB Dollaway, Tom também encaixou uma guilhotina e, com 55 segundos de luta, precisou chamar a atenção do juiz Yves Lavigne, gritando que CB havia desmaiado.

No combate seguinte, Dong Hyun Kim dominou o primeiro round, castigando TJ Grant com cotoveladas certeiras. Continuando o domínio, o coreano ainda foi atingido com uma joelhada no rosto enquanto tinha um joelho no chão, o que não é permitido. Na volta para o último assalto, Grant precisava ir para o tudo ou nada, e Kim se aproveitou os contra-ataques para ser novamente melhor e levar a vitória na decisão dos juízes e seguir invicto na carreira após 13 lutas.

RESULTADOS COMPLETOS:

UFC 100

Las Vegas, Nevada, Estados Unidos

Sábado, 11 de julho de 2009

Card principal:

- Jon Fitch derrotou Paulo Thiago na decisão unânime dos juízes;

- Brock Lesnar derrotou Frank Mir por nocaute técnico a 1min48s do R2;

- Georges St. Pierre derrotou Thiago “Pitbull” Alves na decisão unânime dos juízes;

- Dan Henderson nocauteou Michael Bisping a 3min20s do R2;

- Yoshihiro Akiyama derrotou Alan Belcher na decisão dividida dos juízes;

Lutas preliminares:

- Mark Coleman derrotou Stephan Bonnar na decisão unânime dos juízes;

- Jim Miller derrotou Mac Danzig na decisão unânime dos juízes;

- Jon Jones finalizou Jake O’Brien com um triângulo de mão a 2min43s do R2;

- Dong Hyun Kim derrotou TJ Grant na decisão unânime dos juízes;

- Tom Lawlor finalizou CB Dollaway com uma guilhotina a 55s do R1;

- Shannon Gugerty finalizou Matt Grice com uma guilhotina a 2min26s do R1.


*PRESTEM ATENÇÃO NO JON JONES,ESSE GAROTO É UM FERA!!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

ATLETA DA LUTA-LIVRE JÁ É TOP ENTRE OS LEVES NO UFC!

Por Guilherme Cruz

Foto Josh Hedges

Fonte:Tatame

O inglês Terry Etim chegou ao UFC com um cartel invicto de nove vitórias e, hoje, já está cotado entre os tops do peso leve. Depois de três vitórias consecutivas, a última no UFC 99, neste sábado, sobre Justin Buchholz, o gringo já começa a alçar vôos maiores no octagon. “Treinei como sempre, com o meu treinador de Luta-Livre, que esteve comigo o tempo todo na Team Kaobon, Marcelo Brigadeiro”, comentou o lutador, em entrevista ao site Fighters Only Magazine.

Depois da sua vitória no UFC 95, quando nocauteou Brian Cobb, o faixa-azul de Luta-Livre ouviu Joe Rogan, comentarista oficial do UFC, comparar seu estilo ao de Anderson Silva, campeão dos médios do evento e apontado como o melhor lutador peso por peso do MMA. “Anderson é o melhor do mundo, então e incrível quando você ouve comentários como esse, mas eu não deixo isso entrar na minha cabeça. Eu só penso nas minhas lutas, porque se você começar a pensar isso você começa a perder, então só me concentro nas lutas”, comenta o lutador, que ainda tem mais 11 lutas no contrato com o Ultimate e chama a atenção pela humildade.

“Muitas pessoas me perguntam porque eu não fico falando mal das pessoas e pedindo lutas, mas, no fim das contas, este não sou eu. Eu não estou fingindo nada. Enquanto eu estiver vencendo, estou caminhando na direção certa. Vencemos as últimas lutas e estou com um novo contrato com o UFC, então está tudo bem agora. Eles aumentaram o meu salário e estou feliz da vida”, comemora o lutador.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

DISTAK>>TREINADOR DA WFC,FALA DA VOLTA DO PAULÃO E DE SEUS ATLETAS

Fonte:Tatame

Por Guilherme Cruz

Foto Marcelo Alonso

Treinando um verdadeiro Dream Team do MMA, Josuel Distak não está tendo tempo para descansar. Com Anderson Silva escalado para enfrentar Forrest Griffin, André Galvão se preparando para as finais do GP do Dream, Jacaré esperando pela confirmação da sua próxima luta no Dream e Feijão lutando nos Estados Unidos, Distak está especialmente animado para uma luta. No dia 20 de julho, Paulão Filho pisará nos ringues pela primeira vez em 2009, e terá uma pedreira pela frente: Melvin Manhoef.

“É uma luta de muita expectativa para a volta do Paulão, porque ele é um fenômeno no chão, acho que o mundo está com essa expectativa e ele está muito bem treinado, com a cabeça no lugar, e vai pra finalizar”, esbanja confiança o treinador, que viu Paulão com treinos movimentados para seu retorno aos ringues, diferentemente da sua preparação para a última luta. “Ele não só está tendo a ajuda do Jacaré como do Amaury, Oswaldo Alves, Frank da musculação, eu... Acho que, dessa vez, ele está melhor do que nunca, muito bem amparado e, fora isso, está tendo a ajuda de Ronald Martins(buiú), Tuniko Junior, Alexandre Bebezão, Thiago e Mauricio Roque, do Muay Thai”, conta.

Além de Paulão, André Galvão disputa a fase final do torneio meio-médio na mesma noite... E Distak demonstra certeza de vitória. “Ele vai ser campeão, já está escrito, que Deus abençoa ele. Ele está treinando na América também e está dando tudo certo. Eu e o (Rogério) Camões planificamos o treinamento dele e ele está seguindo direitinho lá com o Fabricio Morango, o Anderson, Feijão, e vamos pra guerra”, afirmou o treinador, que chegou há poucos dias do Japão, revoltado com a decisão do Dream, que não deu o cinturão a Ronaldo Jacaré, após o golpe ilegal sofrido contra Jason Miller, na disputa pelo cinturão da organização.

“Eu fiquei muito triste com a desorganização, porque acho que o Jason era para ser desclassificado. A organização falou e deixou claro que não poderia chutar o adversário no chão, todos lutadores foram para lá com essa consciência, e nós estávamos levando vantagem na luta... O cara se aproveitou de um escorregão e veio de má fé dar um tiro de meta. Isso foi muito ruim para o esporte em geral, não só para o evento”, ataca o treinador de Jacaré, inconformado. “Foi anti-profissionalismo da parte do Miller. Acho que a regra do tiro de meta já devia ter acabado há muito tempo, porque é desumano. Como é que você vai treinar um lutador a receber tiro de meta? Acho que o Jason deveria ter sido punido e dado o cinturão para o Brasil, mas, se Deus quiser, vamos dar a volta por cima e finalizar ele mais rápido”.

Após a luta, Miller, sempre polemico em suas declarações, disse que Jacaré não estava fazendo nada na luta, e ainda questionou como o brasileiro, que traz no currículo vários títulos mundiais, iria finalizá-lo... “Nós temos que botar ele pra dormir”, aponta Distak. “Infelizmente, na porrada não dá, porque ele aguenta muita porrada. Vamos botar ele pra dormir. Todo ser humano aguenta dor no braço, numa chave de pé, mas acredito que ele não suporta um mata leão... Ele vai dormir”, aposta o treinador paraense, feliz com a conquista de Lyoto Machida no UFC.

“É mais um paraense no pódio, irmão. Eu vim do norte, de Belém do Pará, e sei a dificuldade do cara ser vencedor, tanto como lutador quanto como técnico”, parabeniza o treinador, acreditando num longo reinado do casca-grossa. “Eu acredito que ele vai permanecer por muito tempo como campeão no UFC. O jogo dele não casa com qualquer lutador, e não vejo lutadores no UFC para anular o jogo dele. O Shogun está na fila e deve ser o adversário do Lyoto... Ele é duro, experiente, mas o Lyoto é duro pra qualquer lutador. Minha aposta é que o Lyoto continua campeão por muito tempo, primeiro porque é brasileiro e depois porque é paraense”, finalizou Distak.

sábado, 6 de junho de 2009

MURILO BUSTAMANTE,FALA SOBRE OS PLANOS DA BTT!!!


Líder da Brazilian Top Team, Murilo Bustamante está trabalhando pelo retorno da equipe ao topo. Focado no Jiu-Jitsu, Murilo está na Califórnia para acompanhar tudo sobre o Mundial de Jiu-Jitsu, e contou uma novidade à TATAME. “Vou fazer uma parceria com duas academias que já existem e vamos começar a ensinar a técnica do Jiu-Jitsu da BTT em todas as academias aqui de Los Angeles”, afirmou o faixa-preta, que falou sobre o reflexo da sua mudança na academia no Brasil, as mudanças na BTT com a saída de Zé Mário e Bebeo Duarte, seu retorno aos ringues e muito mais.
Fonte:Ttame


Fiquei sabendo que você iria abrir uma academia... Está concretizado isso?



Na verdade, não vou abrir academia nenhuma, vou fazer uma parceria com duas academias que já existem e vamos começar a ensinar a técnica do Jiu-Jitsu da BTT em todas as academias aqui de Los Angeles. Vamos começar na segunda-feira... É a BTT Los Angeles.



Você está de mudança para cá? Como fica a BTT no Brasil?



Estou afim de fazer uma experiência. Como a academia de lá está bem estrutura, vou fazer uma experiência aqui e vamos ver como vai ser. A de Los Angeles é em West LA, e se chama Bodies Emotion. Vamos começar na segunda-feira. A outra, eu vou anunciar mais pra frente. Vai ter de tudo: Jiu-Jitsu, Muay Thai, Submission, vale-tudo e tudo que tiver direito. Quem vai trabalhar comigo é o João, da BTT Boston. Vamos montar um esquema juntos, já tem a BTT aqui em Long Beach.



A BTT no Brasil está mais do que esquematizada, estou com a garotada do Eraldo Paes e Sérgio Babu. Na minha ausência, eles são os responsáveis pela parte do MMA. Já vinha assim há muito tempo. Toda vez que eu viajo eles tomam conta da academia. A parte de Wrestling é o Antoine que toma conta, no Muay Thai é o Tank e Boxe é o Fernando Hugo, da Nobre Arte, que temos uma parceria há anos... No Jiu-Jitsu, quem cuida é o Rubens e o Vavá. A academia já vem se tocando sozinha há bastante tempo, então não tenho preocupação quanto a isso.



E como está o Toquinho, tem previsões de voltar?



Ele está machucado. A primeira coisa é ele se curar da lesão e, depois, começar a treinar pra gente marcar uma luta pra ele. Lógico que isso mais para frente. Ele vai ter que treinar comigo, vamos ver, ainda tem bastante tempo.



E você, acha que vão surgir oportunidades para você lutar? Ouviu propostas?




Com certeza, quero lutar ainda, é o meu foco... Eu tive alguns problemas familiares há pouco tempo, agora minha vida pessoal está mais equilibrada e pretendo lutar. Depois que eu começar a trabalhar e me estabilizar, pretendo lutar, se Deus quiser, esse ano ainda. Tive propostas, mas nada que me interessasse ao ponto de eu parar o que eu estava fazendo, meu planejamento todo de melhorar a BTT , fazer ela crescer e dar esse passo maior para mim e para a BTT . Nada de interessante, vamos ver se pinta daqui pra frente.



Depois da saída de atletas importantes, como você vê todo esse amadurecimento até chegar onde você está chegando hoje?



A opção de trabalhar sozinho foi minha. Quando muitos lutadores saíram da BTT, eu tomei essa decisão. Já vinha com isso na cabeça há muito tempo, não estava dando certo. Eu já estava querendo, mas para não prejudicar a equipe. Eu procurei manter a união e continuar trabalhando junto pelo bem estar da academia, porque eu sabia que, se saísse, alguma coisa ia desandar... Mas, quando os lutadores resolveram sair da academia, não havia mais motivos para eu manter o trabalho com os meus sócios, então vi que a melhor decisão para mim era trabalhar sozinho. Avisei a eles, ao Zé Mario primeiro, o Bebeo posteriormente e, aí, consegui manter a BTT. Os piores momentos passaram, o turbilhão. Acabou o Pride, perdemos lutadores de ponta, mas consegui manter a equipe no pior período. Agora estamos dando a volta por cima, estamos equilibrados. Estou trabalhando com a garotada, me dá muito prazer ajudar os garotos a crescer. Se eu me firmar aqui, com certeza vão abrir muitas portas para os garotos que estão na academia... Vai ser bom para todos.



E o Arona, está na BTT? Ele vai lutar?



Olha, o Arona eu não sei. A melhor pessoa pra responder sobre o Arona é ele mesmo. Ele tem que saber o que quer. Há mais de um ano que não aparece na academia, é ele quem sabe da vida dele e as portas vão estar sempre abertas. Minhas preocupações hoje são outras, são esses garotos novos que estão demonstrando fidelidade comigo, estão na equipe se esforçando para crescer. Esse meu projeto de expandir a BTT, com minha vinda para cá, está sendo realizado agora e esse é o meu principal objetivo. Quero resgatar o Jiu-Jitsu, incrementar as aulas de quimono e o treinamento para a equipe de competição da BTT, fazer a equipe voltar ao topo com a parte de quimono, porque, com toda essa confusão e com o foco que a gente deu para o MMA, o pano ficou meio esquecido. Nossa intenção é resgatar essa parte com essa garotada nova.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

JACARÉ FALA A "TATAME" DE SUA LUTA E DA VOLTA DO PAULÃO



Por Guilherme Cruz


Fonte:Tatame


O Dream 9, que aconteceu na última terça (24), terminou de maneira dramática. Na luta principal da noite, Ronaldo Jacaré e Jason Miller disputavam o cinturão vago do peso médio, mas, com pouco mais de dois minutos de luta, Jason acertou um tiro de meta no brasileiro, golpe proibido pelas regras do evento, que acabou resultando num grande corte no rosto do brazuca, pondo fim à luta sem um vencedor (No Contest). De volta ao Brasil, Jacaré se revolta com a postura do seu adversário.

“Ninguém sabia que ele era um louco com capacidade de fazer aquilo... Ele me ofendeu. Eu queria lutar, ele queria ofender”, dispara o faixa-preta, que já venceu Jason em 2008 e fica na espera para um possível terceiro encontro. “Cara, eu já venci ele uma vez, estava vencendo essa... Para mim, se eu tiver que lutar eu luto, se não tiver, tanto faz. O problema é dele, já perdeu uma vez e na segunda fez essa merda”, afirmou Jaca. Confira abaixo uma entrevista exclusiva com Jacaré, que reclamou da decisão dos juizes, de não desclassificar o americano, e os treinos com Paulão Filho, para seu retorno no Dream 10 contra Melvin Manhoef.

O que você achou dessa polêmica toda na luta?

Ninguém sabia que ele era um louco com capacidade de fazer aquilo...

Um pouco antes do final da luta, vocês começaram uma discussão. O que aconteceu?

Ele me ofendeu. Eu queria lutar, ele queria ofender… Ele falou que eu dei uma cabeçada e abriu o seu rosto, mas o que abriu a cara dele foi o primeiro soco que eu dei.

Depois da luta, ele deu ume entrevista xingando até os fãs que torcem para os brasileiros...

Ele tem essa mania, na hora de dar entrevista ele cresce, mas na hora da luta ele chorou, pediu desculpas para o treinador dele, depois veio em direção ao meu córner dizendo que eu era um idiota, e pediu desculpas também. Ele está provando que não é uma pessoa de uma cara só, ele é um duas caras. Depois que deu ‘No Contest’ ele chorou, pediu desculpas aos treinadores, e isso todo mundo viu, mas não sei se todo mundo ele chegando no meu córner me chamando de idiota e pedindo desculpas também. De resto está tudo bem, não estou muito preocupado com ele não. Tive um “preju”, mas foi superficial. Foi grande, mas superficial.

Como está a cabeça? Você tomou quantos pontos?

Não contei, mas foi grande. Mas estou legal, daqui a pouco eu tiro isso aqui e vai ficar de boa.

Você acha que a luta poderia ter continuado mesmo com o corte?

Cara, estava sangrando muito, não tinha como continuar lutando. Na hora não me importei, eu queria lutar, não ligava se tinha sangue, se estava vermelho ou se estava azul, eu queria era lutar. Mas olhando o vídeo eu vi que não tinha condições de continuar, estava sangrando muito.

E o que você quer agora? Você quer fazer a terceira luta com ele?

Cara, eu já venci ele uma vez, estava vencendo essa... Para mim, se eu tiver que lutar eu luto, se não tiver, tanto faz. O problema é dele, já perdeu uma vez e na segunda fez essa merda...

Foi concordou com os juizes, que deram ‘No Contest’?

Isso foi um absurdo, não tem nem o que comentar em relação a isso...

O Dream 10 está marcado para o dia 20 de julho. Você acha que vai ter tempo de recuperar para este evento?

Eu não sei o que eles vão fazer... Sinceramente, eu não sei, não me falaram nada. Eu treinei três meses para vir esse palhaço fazer o que fez, agora não vou lutar em julho, só daqui a um tempo. Vou dar uma descansada e aguardar.

O que você achou do evento em si?

O evento no geral foi bom, foi excelente, estava bonito. O saldo foi bem positivo em relação ao show, ao público.

E qual a expectativa para a próxima edição, que tem o Shaolin enfrentando o Aoki e o Paulão lutando com o Manhoef?

Olha, juntando com essas feras não tem como não ter um show bonito, ainda mais o Dream, que sabe fazer o show.

Você está ajudando o Paulão para voltar aos ringues... Como você acha que vai ser essa luta dele com o Manhoef?

Paulão é aquilo: depois que colocou no chão, não tem como o Melvin sair. O Paulão está cada dia ficando mais forte, está crescendo gradativamente, está pesado, num peso que ele gosta de lutar, é bom para ele, não vai ter muito problema do peso. É o Paulão na cabeça. O Paulão finaliza ou termina batendo no Melvin e ele não aguenta a pressão.

Você e o Paulão vieram do Jiu-Jitsu para o MMA. Como você está encarando essa troca de experiências com ele?

É bom para nós dois, porque ele é um cara experiente e eu sou um cara campeão mundial absoluto, então a gente está se ajudando muito. Quando comecei a treinar ele já era faixa-preta, sempre gostei de vê-lo lutar e é um prazer para mim e tenho certeza que está sendo um prazer para ele, todo mundo está feliz.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

UFC divulga as bolsas de sua edição 98


Confira as bolsas dos herois do ringue:

Lyoto Machida - US$ 140.000+60.000(melhor nocaute)
Rashad Evans - US$ 200.000
Matt Hughes - US$ 200.000
Matt Serra - US$ 75.000
Drew McFedries - US$ 34.000
Xavier Foupa-Pokam - US$ 6.000
Chael Sonnen - US$ 50.000
Dan Miller - US$ 15.000
Frankie Edgar - US$ 40.000
Sean Sherk - US$ 40.000
Brock Larson - US$ 42.000
Mike Pyle - US$ 15.000
Tim Hague - US$ 10.000
Pat Barry - US$ 7.000
Kyle Bradley - US$ 8.000
Phillipe Nover - US$ 10.000
Krzysztof Soszynski - US$ 16.000
Andre Gusmão - US$ 5.000
Yoshiyuki Yoshida - US$ 16.000
Brandon Wolff - US$ 3.000
George Roop - US$ 16.000
David Kaplan - US$ 8.000

Paulão fala sobre a volta e a luta com Melvin...


Paulão: 'O pau vai cantar'

Confira uma entrevista imperdível com o faixa-preta, que volta em julho, no Dream
Por Carlos Eduardo Ozório - Portal das Lutas

Fora de ação desde maio de 2008, quando sofreu a primeira derrota da carreira e parou para resolver problemas pessoais, Paulo Filho é só alegria. Isso porque no dia 20 de julho, no Japão, o faixa-preta estará de volta no Dream 10. O adversário não será moleza, Melvin Manhoef, que nas 23 vitórias que obteve, decidiu 22 vezes com nocautes.

Confira a entrevista que o Paulada concedeu ao Portal das Lutas, site parceiro do GRACIEMAG.com

Portal das Lutas – Como está depois de saber que voltará a lutar?

Paulo Filho - Estou muito feliz, numa alegria danada e até fiquei emocionado. Chorei e tudo.

PDL – Depois desse tempo parado você já volta contra uma pedreira...

PF - O que me deixou um pouco chateado é que algumas pessoas, que prefiro não citar o nome, me falaram “Poxa, vamos pular essa fogueira. É o Melvin Manhoef.” Posso falar o seguinte: tenho 31 anos nesse negócio, então uma coisa que aprendi na vida é não correr da raia. Se o papai do céu fala “você vai perder, mas te dou o direito de refugar”, vou falar que prefiro perder. Daqui a pouco não estarei mais lutando e se me lembro de uma coisa dessas ficarei arrependido. Então, estou preparado e pode ter certeza que esse rapaz terá um trabalho grande. Respeito ele como atleta, é um cara agressivo, mas me acho mais completo no quesito vale-tudo. Está nas mãos de Deus e o pau vai cantar. Tem muita gente que não acredita, falando que fiz besteira e vou entrar na porrada. Se isso acontecer, vai ser com honra e o que a gente leva nessa vida é isso, os nossos atos de valentia, de bondade e de amor próprio. O pau vai cantar e trarei essa vitória por bem ou por mal.

PDL – Como está a preparação para o desafio?

PF - Estou muito bem fisicamente e treinando. Venho trabalhando já tem algum tempo com o mestre Oswaldo Alves, com o Josuel Distak, com o Mauricinho, que está me dando uma força muito grande no muay thai, com o Franklin Magalhães e o Oto, que são duas pessoas especiais. O Franklin é meu preparador físico, um cara pós-graduado, uma fera. Não posso esquecer a minha esposa, a Daniela, que esteve comigo nos momentos mais difíceis, além de um pai e uma mãe que dispensam comentários. Então estou bem assessorado em todos os sentidos, com pessoas que fazem de tudo para me ver bem. O resto é só comigo.

PDL – O Melvin é um especialista em trocação. Tem algum planejamento para achar o espaço e grudar nele?

PF - Certamente vou esperar ele. Como o mestre Carlsão (Carlson Gracie) falava, você não pode ir até o cara. Darei uma enganadinha para ele vir com tudo e, quando ele vier de encontro, eu agarro.

PDL – Você lutará na categoria meio-pesado. Antes tinha todo aquele problema para baixar o peso...

PF - Vou estar forte, na minha categoria, e não terei que ficar dosando como nas minhas últimas lutas, em que podia acabar com dois minutos e acabava com nove. Estou com 92 kg agora, seco né bicho. Para bater 84 kg era fogo. E naquele dia contra o Chael Sonnen estava cheio de problemas pessoais, sem treinar, internado e em depressão profunda. Fui porque precisava do dinheiro. Não estava bacana, mas agora estou. Será sem sauna, sem ter que perder 14 kg em apenas um dia. Minha parte vou fazer muito bem feita e que seja a vontade de Deus.

(Paulão pára e se lembra de um recado importante)

Queria mandar um abraço para uma pessoa que venceu no Jungle Fight com uma finalização no braço (Arimarcel Chocolate, da Nocaute Fight) e fiquei muito emocionado e até chorei no dia. Ele disse que dedicava a vitória ao ídolo Paulo Filho, que estava se levantando. Estou junto dele e, no que ele precisar de mim, minha casa é dele. Poxa, essa declaração dele me deixou muito emocionado. Posso dizer que a gente não sabe o que vai acontecer dentro do ringue, mas estarei lutando por ele e por todos que acreditaram em mim.

PDL – O vi no Brasileiro de Jiu-Jitu, onde acompanhou alguns amigos. Estava matando a saudade da arte suave?

PF - Ganhei seis títulos Brasileiros e fiquei em vice uma vez contra o Comprido (Rodrigo Medeiros), numa luta muito bacana, lá e cá, e no fim ele foi malandro e venceu nas vantagens. Ganhei também três mundiais seguidos e esses títulos me deram respaldo para lutar lá fora. O último Brasileiro que lutei de preta, em 2000, foi o que me botou nessa jogada. Muitos atletas estão perdidos por aí, porque não tiveram a oportunidade que eu tive. Sou muito grato ao Carlinhos (Gracie, presidente da CBJJ) e à Confederação, porque foram eles que me deram o respaldo para o MMA. O Jiu-Jitsu é a luta mais completa e tudo isso que conquistei antes foi muito importante para eu ter lutado onde lutei e as vitórias foram todas com o jiu-jitsu, com chaves de braço, não com murros. Então, não é nada mais que a minha obrigação, quando puder, estar lá e torcer pelos meus amigos. É aquela saudade e aquela coisa romântica de saber que aquilo foi responsável por tudo de bom que tive na minha vida.