sexta-feira, 29 de maio de 2009

JACARÉ FALA A "TATAME" DE SUA LUTA E DA VOLTA DO PAULÃO



Por Guilherme Cruz


Fonte:Tatame


O Dream 9, que aconteceu na última terça (24), terminou de maneira dramática. Na luta principal da noite, Ronaldo Jacaré e Jason Miller disputavam o cinturão vago do peso médio, mas, com pouco mais de dois minutos de luta, Jason acertou um tiro de meta no brasileiro, golpe proibido pelas regras do evento, que acabou resultando num grande corte no rosto do brazuca, pondo fim à luta sem um vencedor (No Contest). De volta ao Brasil, Jacaré se revolta com a postura do seu adversário.

“Ninguém sabia que ele era um louco com capacidade de fazer aquilo... Ele me ofendeu. Eu queria lutar, ele queria ofender”, dispara o faixa-preta, que já venceu Jason em 2008 e fica na espera para um possível terceiro encontro. “Cara, eu já venci ele uma vez, estava vencendo essa... Para mim, se eu tiver que lutar eu luto, se não tiver, tanto faz. O problema é dele, já perdeu uma vez e na segunda fez essa merda”, afirmou Jaca. Confira abaixo uma entrevista exclusiva com Jacaré, que reclamou da decisão dos juizes, de não desclassificar o americano, e os treinos com Paulão Filho, para seu retorno no Dream 10 contra Melvin Manhoef.

O que você achou dessa polêmica toda na luta?

Ninguém sabia que ele era um louco com capacidade de fazer aquilo...

Um pouco antes do final da luta, vocês começaram uma discussão. O que aconteceu?

Ele me ofendeu. Eu queria lutar, ele queria ofender… Ele falou que eu dei uma cabeçada e abriu o seu rosto, mas o que abriu a cara dele foi o primeiro soco que eu dei.

Depois da luta, ele deu ume entrevista xingando até os fãs que torcem para os brasileiros...

Ele tem essa mania, na hora de dar entrevista ele cresce, mas na hora da luta ele chorou, pediu desculpas para o treinador dele, depois veio em direção ao meu córner dizendo que eu era um idiota, e pediu desculpas também. Ele está provando que não é uma pessoa de uma cara só, ele é um duas caras. Depois que deu ‘No Contest’ ele chorou, pediu desculpas aos treinadores, e isso todo mundo viu, mas não sei se todo mundo ele chegando no meu córner me chamando de idiota e pedindo desculpas também. De resto está tudo bem, não estou muito preocupado com ele não. Tive um “preju”, mas foi superficial. Foi grande, mas superficial.

Como está a cabeça? Você tomou quantos pontos?

Não contei, mas foi grande. Mas estou legal, daqui a pouco eu tiro isso aqui e vai ficar de boa.

Você acha que a luta poderia ter continuado mesmo com o corte?

Cara, estava sangrando muito, não tinha como continuar lutando. Na hora não me importei, eu queria lutar, não ligava se tinha sangue, se estava vermelho ou se estava azul, eu queria era lutar. Mas olhando o vídeo eu vi que não tinha condições de continuar, estava sangrando muito.

E o que você quer agora? Você quer fazer a terceira luta com ele?

Cara, eu já venci ele uma vez, estava vencendo essa... Para mim, se eu tiver que lutar eu luto, se não tiver, tanto faz. O problema é dele, já perdeu uma vez e na segunda fez essa merda...

Foi concordou com os juizes, que deram ‘No Contest’?

Isso foi um absurdo, não tem nem o que comentar em relação a isso...

O Dream 10 está marcado para o dia 20 de julho. Você acha que vai ter tempo de recuperar para este evento?

Eu não sei o que eles vão fazer... Sinceramente, eu não sei, não me falaram nada. Eu treinei três meses para vir esse palhaço fazer o que fez, agora não vou lutar em julho, só daqui a um tempo. Vou dar uma descansada e aguardar.

O que você achou do evento em si?

O evento no geral foi bom, foi excelente, estava bonito. O saldo foi bem positivo em relação ao show, ao público.

E qual a expectativa para a próxima edição, que tem o Shaolin enfrentando o Aoki e o Paulão lutando com o Manhoef?

Olha, juntando com essas feras não tem como não ter um show bonito, ainda mais o Dream, que sabe fazer o show.

Você está ajudando o Paulão para voltar aos ringues... Como você acha que vai ser essa luta dele com o Manhoef?

Paulão é aquilo: depois que colocou no chão, não tem como o Melvin sair. O Paulão está cada dia ficando mais forte, está crescendo gradativamente, está pesado, num peso que ele gosta de lutar, é bom para ele, não vai ter muito problema do peso. É o Paulão na cabeça. O Paulão finaliza ou termina batendo no Melvin e ele não aguenta a pressão.

Você e o Paulão vieram do Jiu-Jitsu para o MMA. Como você está encarando essa troca de experiências com ele?

É bom para nós dois, porque ele é um cara experiente e eu sou um cara campeão mundial absoluto, então a gente está se ajudando muito. Quando comecei a treinar ele já era faixa-preta, sempre gostei de vê-lo lutar e é um prazer para mim e tenho certeza que está sendo um prazer para ele, todo mundo está feliz.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

UFC divulga as bolsas de sua edição 98


Confira as bolsas dos herois do ringue:

Lyoto Machida - US$ 140.000+60.000(melhor nocaute)
Rashad Evans - US$ 200.000
Matt Hughes - US$ 200.000
Matt Serra - US$ 75.000
Drew McFedries - US$ 34.000
Xavier Foupa-Pokam - US$ 6.000
Chael Sonnen - US$ 50.000
Dan Miller - US$ 15.000
Frankie Edgar - US$ 40.000
Sean Sherk - US$ 40.000
Brock Larson - US$ 42.000
Mike Pyle - US$ 15.000
Tim Hague - US$ 10.000
Pat Barry - US$ 7.000
Kyle Bradley - US$ 8.000
Phillipe Nover - US$ 10.000
Krzysztof Soszynski - US$ 16.000
Andre Gusmão - US$ 5.000
Yoshiyuki Yoshida - US$ 16.000
Brandon Wolff - US$ 3.000
George Roop - US$ 16.000
David Kaplan - US$ 8.000

Paulão fala sobre a volta e a luta com Melvin...


Paulão: 'O pau vai cantar'

Confira uma entrevista imperdível com o faixa-preta, que volta em julho, no Dream
Por Carlos Eduardo Ozório - Portal das Lutas

Fora de ação desde maio de 2008, quando sofreu a primeira derrota da carreira e parou para resolver problemas pessoais, Paulo Filho é só alegria. Isso porque no dia 20 de julho, no Japão, o faixa-preta estará de volta no Dream 10. O adversário não será moleza, Melvin Manhoef, que nas 23 vitórias que obteve, decidiu 22 vezes com nocautes.

Confira a entrevista que o Paulada concedeu ao Portal das Lutas, site parceiro do GRACIEMAG.com

Portal das Lutas – Como está depois de saber que voltará a lutar?

Paulo Filho - Estou muito feliz, numa alegria danada e até fiquei emocionado. Chorei e tudo.

PDL – Depois desse tempo parado você já volta contra uma pedreira...

PF - O que me deixou um pouco chateado é que algumas pessoas, que prefiro não citar o nome, me falaram “Poxa, vamos pular essa fogueira. É o Melvin Manhoef.” Posso falar o seguinte: tenho 31 anos nesse negócio, então uma coisa que aprendi na vida é não correr da raia. Se o papai do céu fala “você vai perder, mas te dou o direito de refugar”, vou falar que prefiro perder. Daqui a pouco não estarei mais lutando e se me lembro de uma coisa dessas ficarei arrependido. Então, estou preparado e pode ter certeza que esse rapaz terá um trabalho grande. Respeito ele como atleta, é um cara agressivo, mas me acho mais completo no quesito vale-tudo. Está nas mãos de Deus e o pau vai cantar. Tem muita gente que não acredita, falando que fiz besteira e vou entrar na porrada. Se isso acontecer, vai ser com honra e o que a gente leva nessa vida é isso, os nossos atos de valentia, de bondade e de amor próprio. O pau vai cantar e trarei essa vitória por bem ou por mal.

PDL – Como está a preparação para o desafio?

PF - Estou muito bem fisicamente e treinando. Venho trabalhando já tem algum tempo com o mestre Oswaldo Alves, com o Josuel Distak, com o Mauricinho, que está me dando uma força muito grande no muay thai, com o Franklin Magalhães e o Oto, que são duas pessoas especiais. O Franklin é meu preparador físico, um cara pós-graduado, uma fera. Não posso esquecer a minha esposa, a Daniela, que esteve comigo nos momentos mais difíceis, além de um pai e uma mãe que dispensam comentários. Então estou bem assessorado em todos os sentidos, com pessoas que fazem de tudo para me ver bem. O resto é só comigo.

PDL – O Melvin é um especialista em trocação. Tem algum planejamento para achar o espaço e grudar nele?

PF - Certamente vou esperar ele. Como o mestre Carlsão (Carlson Gracie) falava, você não pode ir até o cara. Darei uma enganadinha para ele vir com tudo e, quando ele vier de encontro, eu agarro.

PDL – Você lutará na categoria meio-pesado. Antes tinha todo aquele problema para baixar o peso...

PF - Vou estar forte, na minha categoria, e não terei que ficar dosando como nas minhas últimas lutas, em que podia acabar com dois minutos e acabava com nove. Estou com 92 kg agora, seco né bicho. Para bater 84 kg era fogo. E naquele dia contra o Chael Sonnen estava cheio de problemas pessoais, sem treinar, internado e em depressão profunda. Fui porque precisava do dinheiro. Não estava bacana, mas agora estou. Será sem sauna, sem ter que perder 14 kg em apenas um dia. Minha parte vou fazer muito bem feita e que seja a vontade de Deus.

(Paulão pára e se lembra de um recado importante)

Queria mandar um abraço para uma pessoa que venceu no Jungle Fight com uma finalização no braço (Arimarcel Chocolate, da Nocaute Fight) e fiquei muito emocionado e até chorei no dia. Ele disse que dedicava a vitória ao ídolo Paulo Filho, que estava se levantando. Estou junto dele e, no que ele precisar de mim, minha casa é dele. Poxa, essa declaração dele me deixou muito emocionado. Posso dizer que a gente não sabe o que vai acontecer dentro do ringue, mas estarei lutando por ele e por todos que acreditaram em mim.

PDL – O vi no Brasileiro de Jiu-Jitu, onde acompanhou alguns amigos. Estava matando a saudade da arte suave?

PF - Ganhei seis títulos Brasileiros e fiquei em vice uma vez contra o Comprido (Rodrigo Medeiros), numa luta muito bacana, lá e cá, e no fim ele foi malandro e venceu nas vantagens. Ganhei também três mundiais seguidos e esses títulos me deram respaldo para lutar lá fora. O último Brasileiro que lutei de preta, em 2000, foi o que me botou nessa jogada. Muitos atletas estão perdidos por aí, porque não tiveram a oportunidade que eu tive. Sou muito grato ao Carlinhos (Gracie, presidente da CBJJ) e à Confederação, porque foram eles que me deram o respaldo para o MMA. O Jiu-Jitsu é a luta mais completa e tudo isso que conquistei antes foi muito importante para eu ter lutado onde lutei e as vitórias foram todas com o jiu-jitsu, com chaves de braço, não com murros. Então, não é nada mais que a minha obrigação, quando puder, estar lá e torcer pelos meus amigos. É aquela saudade e aquela coisa romântica de saber que aquilo foi responsável por tudo de bom que tive na minha vida.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

DREAM COM CARA DE PRIDE!!!


Acontece nessa terça-feira dia 26 no Japão o DREAM 9,com um card de relembrara o saudoso PRIDE,com um GP absoluto,com lutadores como Bob Sapp,gegard moussasi,Mark Hunt ente outros...E quem faz o Main Event da noite é o brasileiro Ronaldo Jacaré,atleta treinado pela equipe do "DistaK" que tem parceria com a WFC do mestre Tuniko JR.Comandando treinos na sede de São Francisco(Niteroi),o Jacaré enfrenta Jason Miller pelo titulo dos medios do evento,outros dois brasileiros tambem participam do Evento,a faixa preta de luta-livre Gesias "JZ" Cavalcanti enfrenta o durísimo Kawajiri,enquanto o "the flash" Bibiano Fernandes enfrenta o mestre das chaves de pé "Imanari,vamos ficar na torcida e aguardar os resultados...
SEGUE ABAIXO O CARD COMPLETO DO EVENTO:

Título dos médios do Dream

10. Ronaldo Jacaré x Jason Miller

GP dos Penas - segunda rodada

09. Norifumi "KID" Yamamoto x Joe Warren
08. Masakazu Imanari x Bibiano Fernandes
07. Yoshiro Maeda x Hiroyuki Takaya
06. Hideo Tokoro x Abel Cullum

Superluta - peso leve

05. Tatsuya Kawajiri vs. Gesias "JZ" Cavalcante

Torneio Super Hulk - primeira rodada

04. Gegard Mousasi x Mark Hunt
03. Jan "The Giant" Nortje x Rameau Thierry Sokoudjou
02. Hong Man Choi x Jose Canseco
01. Bob Sapp x Ikuhisa "Minowaman" Minowa

MAIS UMA PEDREREIRA NO CAMINHO DO DIDA!

Por Eduardo Ferreira

Foto Cortesia FEG

Fonte:Tatame

Depois da experiência de enfrentar o bicampeão do K-1, o tailandês Buakaw Por Pramuk, no K-1 World Max de abril, André Dida está de volta ao MMA. No dia 20 de julho, o vice-campeão do Hero’s GP irá enfrentar o campeão do Deep, Katsunori Kikuno, no Dream. “Cheguei ao Brasil esta semana para treinar na academia do Fefe um Muay Thai mais voltado para o K-1, que consiste em um uso maior das pernas e muitas combinações, pois o meu estilo é mais voltado para o MMA. A ideia era ficar até julho em Curitiba, mas os japoneses me ligaram e me ofereceram esta luta”, revelou Dida.

Ciente da experiência do japonês, que fez 12 de suas 13 lutas de MMA no Deep e possui no currículo 11 vitórias, um derrota e um empate, Dida embarca segunda-feira para San Diego para treinar na academia de Saulo Ribeiro, a Universidade do Jiu-Jitsu. “O Kikuno é do Wrestling, então vou estar bem assessorado na academia do Saulo. Eu nunca vou fugir do meu jogo, sempre vou partir para cima e buscar o nocaute, mas se a luta for para o chão vou estar bem preparado, pois vou treinar com os melhores”, disse o casca-grossa, que comentou sobre a experiência de ter enfrentado Buakaw nas regras do K-1.

“Eu estava preparado para enfrentar o Buakaw. Treinei três meses para esta luta, mas sabia que seria um combate bem complicado. O Buakaw é um grande campeão e me venceu na experiência. Se eu pensasse como lutador de K-1, quando dei o knockdown nele eu não gastava o meu gás, mas como pensei como lutador de MMA, não queria perder a oportunidade e quis tentar o nocaute. Ele foi experiente e recebeu orientação do córner dele para me abafar no segundo round e não me deixou respirar. Essa foi a grande lição que tirei desta luta. Tenho certeza que vou pegar esta experiência, vou renovar o meu contrato para lutar no K-1 e espero pode fazer uma revanche com o Buakaw”, finalizou.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

UFCreonte

" UFCreonte"



Acompanho o UFC desde a tua primeira edição e minha opinião sobre esse evento é por si só,contraditória,pois não posso negar a competência do Dana White e os Fertitas,e nem tão pouco deixar de agradecê-los,pois eu bem sei que o UFC é quem inspira meus alunos a treinarem,e muitos outros a entrarem na luta,pois não há que não se entusiasme,com as lutas do UFC,e hoje todos podem assistir,seja no bar da esquina,seja através da sky ou net,ou até mesmo pela gatonet...Rsrsrsr,que também não posso deixar de agradecer...rsrsrs,pois na verdade,está levando as lutas para um publico diferente,acabando com o estigma de que lutador de orelha destruída é playboy brigão,hj vc vai no mercado,e o atendente é do jiu jitsu,o gari é da luta-livre,o filho do porteiro é campeão de muay thai e assim vai,lógico que graças aos heróis professores,que disponibilizam seu tempo,em projetos sociais por aí,mas pode ter certeza que se a molecada da área,nunca tivesse assistido um UFC,pela TV daria tanto valor a luta,como estão dando hj em dia...Está ficando como o futebol,a molecada tão decepcionada com as desventuras de nosso craques,á exemplo de Ronaldo(estava com a camisa do flamengo,hein...rsrsrs),Robinho,Romário,Edmundo;Hoje em dia sonha em ser um Wand,Minotauro,um Anderson Silva etc...,tudo isso,em parte tem a ver com o UFC,mas por um outro lado,penso que o jeito que a coisa é conduzida,não seja o ideal de exemplo para a molecada que vem chegando por aí,pois acho que o business, se tratando principalmente do UFC está acima de tudo,vejo atletas chegando por lá e..Adeus equipe,à bênção mestre, partindo...Vou montar minha equipe e tal...Cadê a lealdade da arte marcial?Gratidão?Me lembro que quando mudei de grupo de capoeira,dois amigos meus,professores de jiu jitsu,ficaram horrorizados,discutiram comigo,falaram á pampa,foi quando eu escutei a primeira vez a palavra "CREONTE",palavra que aliás sumiu do vocabulário da galera do jiu jitsu e da luta em geral,por medo de acabar ofendendo um amigo ou até mesmo um grande campeão,por que se vocês reparaem,quantos brasileiros top do UFC,continuam na equipe de origem?]Salvo o Thales Leites,pois a equipe ORIENTE sempre competiu junto com a NOVA UNIÃO,acho que nenhum,então não gosto muito desse fato,o americano tem um modo de ver as coisas pelo lado business enquanto eu sou um romântico,senão,não seria um professor de lutas,quer mais romântico que isso?..Rsrsrs,tudo que eles tocam querem transformar em ouro,e aí meu amigo que o luatdor se transforma no "Ouro de Tolo",pois quando quiser voltar para a tua terra já aposentado, terá uma raiz sólida por aqui,vai estar cheio da grana,mas não terá o que seguir e quase ninguém para segui-lo,pois por aqui não da para pensar como americano,por que neguinho é duro,e vão acabar recalcados,falando mal de todo mundo e tal...,espero que surja um novo evento com uma mentalidade mais artística,pois arte é paixão,e o UFC é um torneio de Mixed Martial "ART".

quarta-feira, 13 de maio de 2009

MAIS UMA PARA A ESCOLA!!!


Por Erik Engelhart

Foto Marcelo Alonso

Fonte:Tatame

Pupilo de Alexandre Pequeno, Ivan “Pitbull” Ibérico está fazendo jus a sua escola. Depois de viajar 15 horas e chegar a Fortaleza na hora da pesagem – que aconteceu na sexta-feira (8) – o peruano, velho conhecido dos brasileiros, teve pouco tempo para se recuperar e sentiu bastante a longa viagem, mas conseguiu vencer o brasileiro Jamil Silveira (Nocaute Fight) e saiu do evento como o único gringo a conquistar uma vitória.

“Eu cheguei ao evento morto depois de 15 horas de viagem, senti um pouco na hora da luta, principalmente no segundo round, ai deixei que ele batesse para que eu pegasse no terceiro round, mas aí deu a posição de triângulo de mão e eu pude pegar ele, que é um cara muito forte”, comentou o peruano, que começou a luta bem contra o local Jamil Silveira (Nocaute Fight), colocando para baixo e tentando duas kimuras, bem defendidas por Jamil. Empurrado pela torcida, Jamil partiu com tudo para cima de Pitbull que, já demonstrando cansaço, puxou para a guarda. Jamil aplicou duros golpes, mas Ivan conseguiu se recuperar, inverter a posição e encaixar um triângulo de mão, que obrigou Jamil a bater.

O peruano ficou muito feliz com sua duríssima vitória e a rápida repercussão em seu país. Ivan está com contrato fechado com o Bellator, mas, devido à ausência de alguns exames, não sabe quando vai lutar no evento e está concentrando suas energias em uma luta que deve fazer no Peru, no final de maio. “No final, meu corpo estava no Peru, lutei só com a alma e fiquei muito feliz quando deram a notícia para todo o Peru falando da minha vitória, maneiro pra caramba. Eu estava com contrato fechado para o Bellator, ficou faltando um exame de cabeça... Vamos ver o que vai acontecer, estou treinando muito e devo lutar no final de maio no Peru, estou em negociação”, finalizou o casca-grossa.

Pedro Manoel supera as adversidades

Lutador muda estratégia em cima da hora e vence no Jungle Ceará
Por Gabriel Menezes - enviado especial a Fortaleza. Foto: Alana Andrade

Fonte:Graciemag
Dias antes da luta no Jungle Fight, Pedro Manoel parecia ansioso, introspectivo e pensativo. Motivos para sua angústia não faltavam. Em busca de oportunidades para levar a diante sua sonhada carreira, o “mão de pedra” - como também é conhecido –, explicava as dificuldades que tinha para conciliar o trabalho de oito horas por dia com a rotina de treinos. Isso tudo somado ao fato da preocupação com a esposa, que se mudou há pouco tempo para o Rio.

“Tive muita dificuldade de vir aqui para o Ceará. Larguei a minha esposa em casa sozinha, casei há um ano e pouco e ela ainda não está acostumada ao Rio, e somos só nós dois. Não tem ninguém para ficar com ela. Algum parente ou familiar. Então foi um sofrimento vir para cá. O [Alexandre] Pequeno sabe. Quase desisto, mas minha mulher me apoiou para eu vir pra cá”, disse Pedro Manoel.

Tanto que após a vitória conquistada sobre Júnior Killer ainda no primeiro round, com um triangulo de mão, o lutador paraibano encheu-se de uma felicidade típica. Emocionado, pulou feito uma criança. A vitória, que é a quinta consecutiva desde 2008, tornou-se mais saborosa ainda pelo fato de o lutador superar o inusitado. Com o treinamento todo feito para pegar um atleta do Jiu-Jitsu, a estratégia montada pela sua equipe era apostar na trocação. Mas com a mudança do card, devido a contusão de seu adversário, o lutador teve que enfrentar Júnior Killer, cuja especialidade é o muay thai.


Pedro Manoel por cima encaixa triangulo de mão em Junior Killer Foto de Alana Andrade

“Mudei minha estratégia na hora e treinei chão no vestiário mesmo. Dou graças a Deus porque fui feliz. O adversário era duro de perna, mas consegui levar para o chão e dominar a luta pegando o pescoço ali”, disse o Mão de Pedra.

terça-feira, 12 de maio de 2009

ENTREVISTA DO PAULÃO,PARA REVISTA TATAME!!!!!


Na entrevista exclusiva com Wanderlei Silva, publicada na Revista TATAME de maio, que já está nas bancas de todo o Brasil, fomos atrás de Paulão Filho para ouvir sua resposta ao convite feito por seu ex-rival, que o convidou para treinar na sua academia em Las Vegas, nos Estados Unidos. Num bate-papo com a TATAME, Paulão comentou o convite, rebateu o outro convite feito, pelo líder da Chute Boxe, e falou sobre a expectativa de voltar aos ringues de MMA, entre os meio-pesados, no Dream. Confira abaixo a entrevista exclusiva com Paulão.

Como estão os treinos?

Estão ótimos. Estou com um preparador físico muito bom, um grande amigo que é bastante profissional, tem duas pós-graduações em fisioterapia, com o Mestre Oswaldo Alves, que tem um chão sensacional, o Amaury Bitetti, um grande amigo que tem um treino fenomenal, e o Josuel Distak, que dispensa comentários. Tem outras pessoas que ajudam, mas essas quatro pessoas são as principais no momento, além da minha família, minha noiva. O pessoal está me auxiliando no retorno do Jedi.

Você está noivo?

Sem dúvidas. Ela é uma mulher muito especial, atura as minhas maluquices, o que é muito difícil, e tem segurado a peteca legal. Estou fechado com ela e muito feliz.

E o retorno aos ringues? Vai lutar mesmo no Dream?

Está fechado, mas ainda não sei se será no Dream 9 ou no evento de junho, porque está difícil arrumar adversário. Mas, se não for agora, será em junho, com certeza. Parece que vai ser em maio, sim, mas não garanto. Até junho o pau está quebrando até 93kg, uma coisa bem melhor.

Como você está se preparando para lutar até 93kg?

A minha característica é de força, isometria, então, até 84kg, além da dificuldade de perder peso, eu perdia parte das minhas qualidades. É que nem um carro, eu preciso de combustível, e eu sentia que, até 84kg, eu era como um carro andando na banguela (risos). Foi bom subir de peso, as pessoas olham para mim e acham que eu sou um cara de 84kg, porque sou mais baixo, mas tenho 93kg.

Você acha que a diferença de altura pode te atrapalhar na categoria de cima?

Isso é balela. Mike Tyson foi o melhor e era baixinho. No futebol, Maradona, Romário e outros eram baixinhos... Isso é conversa pra boi dormir. O negócio é você ser competente e saber aproveitar. Eu, particularmente, detesto enfrentar caras do meu tamanho, prefiro um cara grande, que tem buracos no seu jogo e fica mais fácil de encaixar. Isso é de cada um, mas não me incomodo de jeito algum.

Você está pesando quanto agora?

Estou com 92,5kg, mas vou tentar subir para 96, 97kg e depois desidrato e caio para o peso normal. Para quem perdia 14kg, 4kg é fichinha.

Quem você acha que pode ser seu adversário?

Estou sabendo que no evento tem o Gegard Mousasi. Ele ganhou do Jacaré na sorte, o Jacaré venceria nove em cada dez lutas dele. Tem também o (Thierry) Sokoudjou, que é um cara esperto, mas, passando de cinco minutos, ele cansa e entrega, desiste da luta, fica mais apático. Ele é do Judô, ainda não aprendeu as regras do vale-tudo. Ele está acostumado a lutar cinco minutos no pau. E tem mais alguns que não me recordo, mas não estou preocupado com isso. Estou preocupado em mostrar que estou bem, forte, só esperando o momento de mostrar que estou de volta.

O que você achou da vitória do Anderson sobre o Thales Leites?

Assisti a luta quatro vezes. Acho que o Anderson foi impecável no jogo dele, sabia que não podia deixar o Thales explorar o que é bom, então manteve a guarda baixa e uma boa distância. Ele ficou esperto com o Thales embaixo, no katagatame, esgrimou e o Thales ficou perdido, porque o Anderson cisca muito, tem uma pegada firma e você não sabe de onde vem o golpe. O Thales é um excelente atleta, mas acho que não era o momento dele ainda. Ele provou que merecia, mas acho que ainda não era o momento. Valeu a pena, ele tentou, mas não deu. Se ele ganha, ia se levantar, mas perdeu e isso não é o fim do mundo. Ele está bem jovem, não tem que se abalar com isso e é bola pra frente, ver onde errou e tocar o barco.

Na edição de abril da TATAME, conversamos com o Rudimar Fedrigo, líder da Chute Boxe, e ele disse que você estava “perdendo tempo em não ir para a Chute Boxe”. O que você acha desse convite?

Eu vi, agradeço o convite, mas eu sou Flamengo e ele é Vasco. Depois de tudo o que aconteceu, isso dispensa comentários. Anderson, Wanderlei, Murilo, Shogun, entre outros que foram dessa equipe... Não tenho nada para falar a um homem desses. Sou Jiu-Jitsu até morrer, não sou Chute Boxe. Agradeço a ele pelo respeito e consideração, mas sou Flamengo e ele é Vasco.

Na Revista TATAME de maio, que já está nas bancas, o Wanderlei Silva comentou este convite do Rudimar e disse que adoraria treinar com você e Ricardo Arona na sua academia, em Las Vegas. O que você acha?

Eu fico até lisonjeado por ele ter feito esse convite e vai ser um grande prazer. A gente está aí batalhando, temos planos e projetos, e essa coisa de rivalidade tem que acabar. Vai ser um prazer, porque eu teria muito a acrescentar a ele, e ele a mim... Será um prazer. O Wanderlei dispensa comentários, não tem nem o que falar dele como atleta. Ele é espetacular, um pioneiro e carregou nossa bandeira por muito tempo. O que ele precisar de mim, está às ordens.

Como seria treinar com Wanderlei?

Acho que essa é a globalização. O brasileiro tem que se unir, trocar informações e acabar com esse negócio de rivalidade, mas acho que o esporte chegou num ponto que não cabe mais isso. Adversário treina com adversário, ele está descendo de categoria e eu subindo, mas posso lutar nas duas, e é uma honra chegar num lutar e ter o Wanderlei para treinar, um ex-campeão do UFC (Forrest Griffin), Heath Herring... Seria uma honra, fico muito feliz de ter recebido esse convite e fala para ele me esperar que eu estou chegando. Tenho algo a acrescentar a ele e ele a mim, não há ninguém tão bom que não possa aprender ou ensinar. A gente está junto.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

ENTREVISTA COM DISTAK,O TECNICO DOS "GALÁTICOS".

Fonte:Tatame

O treinador Josuel Distak está com a agenda cheia. Preparando Ronaldo Jacaré para sua disputa de cinturão no Dream, o técnico abriu as portas da X-Gym para a TATAME, mostrando os treinos de seus lutadores “galáticos”, como ele mesmo diz. Em entrevista a Marcelo Alonso, Distak rebateu as críticas ao recordista do UFC, Anderson Silva, e garantiu: “Anderson é uma luta péssima para o Griffin”.

No bate-papo que você confere a seguir, Distak falou sobre seu sonho: conquistar quatro cinturões, dois cinturões no oriente e dois no ocidente. E está perto disso, com Rafael Feijão disputando a cinta do Strikeforce, Jaca no Dream, Anderson no UFC e Paulão indo para o Dream. Além de seus lutadores, Josuel comentou, ainda, a próxima luta de Wanderlei Silva, contra Rich Franklin, e como seria uma luta de Wand contra sua maior estrela, Anderson. Confira abaixo a entrevista exclusiva com Distak.

Como você encarou as críticas ao Anderson Silva?

Nós fizemos a coisa certinha, treinamos o estímulo, mas o Thales não deu estímulo. Com isso, não fizemos uma reação, pois nós estávamos treinando ação e reação. Como o Thales não deu ação, a gente não teve a reação, precisávamos de um estímulo. Mas já passou e essas críticas só nos fortalecem, tanto ao treinador quanto ao Anderson Silva. Isso inspirou tanto que o Dana White colocou um cara que é estímulo. É estímulo que ele quer? Então está ótimo, é estímulo que a gente vai dar, precisamos disso. É uma luta boa para o Anderson e uma luta péssima para o Griffin.

Porque você acha isso? O Anderson agora vai voltar a ser o que todo mundo está acostumado a ver?

Com certeza, porque o Griffin é um cara que dá estímulo, que gosta de lutar. Você vê a luta contra o Rich Franklin, que é um cara que tem estímulo, o Anderson espancou e detonou, assim como nas lutas contra Dan Henderson e James Irvin. O Griffin vai ser mais um que o Anderson vai detonar, porque é um cara que dá estímulo.

Existem alguns comentários que dizem que a participação do técnico é fundamental no estilo de luta do Anderson. Antigamente, com o Diógenes, ele tinha o estilo de partir para dentro o tempo todo e era estimulado a atacar o tempo todo, hoje, com você, o estilo é mais de jogar na inteligência e na tática. O que você tem a dizer sobre isso?

A luta do Anderson com o Dan Henderson, que foi com a gente, teve ataque e finalização, assim como a luta dele com o James Irvin, e outras. Nas últimas duas lutas, o que acontece é que o Anderson é um cara que já lutou muito, chega certo tempo que dá idade. Então, para levar isso e manter o cinturão, é mais uma responsabilidade e isso às vezes satura muito a mente do lutador. Você vê a luta do Fedor com o Arlovski, ninguém viu o Fedor de verdade. Mas, no momento certo, ele largou uma bomba e o Arlovski foi nocauteado. Aí a gente pergunta. E aí? O Fedor foi aquele de antigamente, que partia para dentro? É a mesma coisa do Anderson, muita cobrança, saturação, o que eu acho que leva um pouco também o lutador a se resguardar. O que ele precisa agora é manter o cinturão. Agora vai ser uma luta boa, que é sem responsabilidade de cinturão. Aí fica ótimo para ele.

Você acha que o fato de ele estar um pouco saturado pode ser prejudicial no treinamento dele?

Não. Acho que isso é até ótimo, porque vai ser uma luta sem responsabilidade, é uma luta na categoria de cima. Isso é bom até mesmo para ativar o estímulo dele, para voltar a ser o Anderson Silva que todo mundo gosta de ver, o nocauteador. Acho que vai ser uma luta para acordar.

E essa vontade do Wanderlei Silva de lutar com o Anderson? Como você veria uma luta entre os dois?

Vai ser uma luta boa, porque os dois vêm de uma escola agressiva, que é da Chute Boxe. Vai vencer o mais preparado e o melhor qualificado. Eu acho que dá Anderson. Ele levaria a luta, como tem levado, se for pelo cinturão. Agora, se for uma luta sem responsabilidade, acredito que o Anderson vai partir para nocautear.

E a luta do Wanderlei com o Rich Franklin?

Acho que dá Wanderlei, porque o jogo não casa.

Como você vê a volta do Paulão?

Vai ser ótima. Ele só está esperando o Dream dizer qual é o adversário dele. O povo vai achar melhor o Paulão lutando 93kg e, com certeza, depois ele vai voltar bem, não vai ter saturação de peso.

Então não há possibilidade de dois atletas seus se enfrentarem (Paulão e Jacaré)?

Como um está no ocidente e outro no oriente, resolvemos subir o Paulão para 93kg. Independente de qualquer maneira, porque o Feijão também é outro 93kg nosso, duríssimo. A nossa meta é deixar dois no ocidente e dois no oriente.

Como você analisa o Jacaré para o Dream?

Ele é um cara que está super preparado, está pronto. Treinou seis meses, fez a tática toda junto com o Anderson Silva, ele fortaleceu muito o chão do Anderson. Você viu que o Thales caiu em uma posição boa e o Anderson repôs a guarda e ainda tentou dar um triângulo. Isso foi fruto de um trabalho com o Jacaré, com o Feijão, Sylvio Behring. Essa luta para o Jacaré, com certeza é nocaute. E pode ser em pé, pode ter surpresa.

O que o Jacaré tem de forte e diferenciado?

A diferença dele é a disposição em realizar o sonho. Ele é um cara que acredita muito e corre atrás dos sonhos. Ele é muito explosivo e agressivo no treino, mas, na família, ele é uma doce pessoa. Acho que diferença do Jacaré está nisso, de não voltar atrás.

Qual a principal qualidade dos seus atletas?

Feijão: Para mim, ele é o melhor 93kg que há no mundo, só falta uma chance. Ele é um lutador completo, embaixo, em cima. No UFC ou em qualquer evento do mundo, ele é o dono do cinturão.

Anderson: Ele me chamou a atenção por ser um cara 100% família. Isso é um ponto fundamental para um lutador.

Paulão: ‘Dog’. O ponto fundamental dele é cachorro (risos). Se tirar o ‘dog’ da vida do Paulão, acho que acaba com ele. Nunca vi um homem amar tanto um cachorro como ele. Hoje está com 24 cachorros, que moram com ele em Niterói, mas já teve 70, está diminuindo. Isso não o prejudica, porque o dá o maior estímulo e prazer, é o hobby dele. Hoje, graças a Deus, ele está tendo apoio da mãe, do pai, da nova namorada, a Dani, e dos amigos. O Jacaré está sendo uma ajuda fundamental.

Como o Jacaré está ajudando o Paulão?

Ele sai do treino dele aqui e vai para Niterói ajudar o Paulão. É a união, o Jacaré ajudando o Anderson, o Paulão e o Feijão. Isso é algo fundamental que eu e o (Rogério) Camões, com a ajuda de Deus, conseguimos unir os maiores 93kg do mundo.

Como é colocar esses “pitbulls” para treinarem juntos sem se machucar?

No início do treino, eles treinam contato real. O público, se pudesse ver ter um BBB na luta, ia falar que isso é uma coisa anormal. No início dos treinos são os galácticos, mas, quando está perto da luta, a gente tira os galácticos e põe as estrelas, para ninguém se machucar. Perto da luta a gente já não os põe treinando juntos, porque eles têm sangue no olho. Nesse estágio final são só as estrelas, porque o nível é muito alto e o treino pode terminar quente.

Se você colocar nessa academia Feijão e Jacaré treinando, ou Jacaré e Anderson. Não passa pela sua cabeça fazer um negócio com as produtoras americanas?

Passa. A TATAME podia fazer essa parceria e molhar a plantinha. Aí vai dar tudo certo, vai bombar (risos). Ver o treino dos galáticos no PPV ia chegar a bater o público do Ultimate. O trabalho aqui não para, estamos acabando o trabalho do Jacaré e do Paulo Filho, e vamos embarcar para os Estados Unidos, eu, Rogério Camões, Jacaré e Paulo Filho, para começar o trabalho com o Anderson Silva, sendo que ele já está se preparando. Vamos sair daqui para o Japão no dia 20, e, quando sairmos de lá, vamos para Los Angeles ajudar o Anderson Silva para a luta contra o Griffin.

quarta-feira, 6 de maio de 2009


Oito vezes campeão do Shooto Japão, Alexandre “Pequeno” ministrará um seminário na próxima quinta-feira, 7 de maio, na Academia Fighter Sport. Ao lado de Evilázio Feitosa, mestre que formou Thiago “Pitbull”, que está a um passo de conquistar o cinturão do UFC, Pequeno dará uma aula de MMA. Para participar do seminário, entre em contato com a academia através do telefone (85) 3278-6226 ou e-mail effs@hotmail.com. Antes do seminário, Pequeno marcará presença no Ceará Fight, que acontece amanhã (6) em Fortaleza, onde será homenageado com a criação do Troféu Alexandre Pequeno. Depois do seminário,o casca-grossa continuará na cidade até o dia 9, para acompanhar teus discipulos de perto que lutarão no Jungle Fight Ceará, que promete agitar a cidade com a grande luta entre Rogério Minotouro e Dion Stating,a volta do Johil,e apresença dos atletas da luta-livre,é isso aí,o mestre espalhando teus conhecimentos e a luta-livre por todo o Brasil,no Nordeste já estamos com uma equipe grande e vamos crescer cada dia mais,salve a luta-livre....

terça-feira, 5 de maio de 2009

LUTA-LIVRE COM PRESENÇA GARANTIDA NO JUNGLE FIGHT!!!


Programado para o próximo sábado, na praia de Iracema, em Fortaleza, o Jungle Fight Ceará teve o card completo divulgado pela organização. Além de Rogério Minotouro fazendo a principal luta da noite, o evento contará com nomes conhecidos como Ivan Pitbull, Alexandre Pulga, Junior Killer, Pedro Manoel e Johil de Oliveira.

“Acho que formamos um card que sempre buscamos, colocando atletas de nível internacional, e revelando jovens talentos também. Assim como já revelamos caras como Paulo Thiago, Lyoto Machida e Fabricio Werdum, temos excelentes nomes que tenho certeza que irão brilhar no futuro", disse o organizador Wallid Ismail.

Os ingressos para o Jungle Fight Ceará estarão à venda a partir das 15h desta terça-feira, nas lojas do Bob´s (Iguatemi e Norte Shopping) e na Loja do Siriguela, na Praça Portugal. Eles serão vendidos a R$ 30 (arquibancada) e R$ 50 (cadeira),o evento além de contar com a estréia em ringues nacionais de Rogerio Minotouro,contará tambem com vários atletas da luta-livre brasileira; Estrela do peso de Johil de Oliveira um dos ícones da luta-livre,e os alunos do rei do shooto Alexandre Pequeno;o peruanoc Ivan Pitbull e a revelação André Tadeu...Boa sorte aos atletas que levam o nome da nossa luta nos ringues....

Confira o card com destaque para os atletas da atletas de luta-livre:

- Rogério Minotouro (Minotauro Team) x Dion Staring (Holanda)
- Junior Killer (Fighter Sport) X Andre Tadeu (Clube Da Luta)
- Ivan Pitbull Iberico (Peru) X Jamil Silveira (Nocaute Fight)
- Alexandre Pulga (Nova Geração) X Andrezinho Nogueira (Fighter Sport)
- Carlos Villamor (Argentina) X Erick Silva (Minotauro Team)
- Alex Nacfu (Constrictor Team) X Anistabio Gasparzinho (Hikari)
- Pedro Manoel (Clube Da Luta) X Arimarcel Santos (Nocaute Fight)
- Edinaldo ”Lula Molusco” Santana (Champion/Minotauro Team) X Mondragon (Bulldog Team)
- Johil De Oliveira (Johil De Oliveira Team) X Renée Fortes (Nocaute Fight)

ENTREVISTA COM ROGERIO CAMÕES;PARCEIRO DO DISTAK E PREPARADOR FISICO DAS MAIORES FERAS DO MMA


O preparador físico Rogério Camões está com a agenda lotada. Responsável por deixar atletas como Anderson Silva, Ronaldo Jacaré, André Galvão e Rafael Feijão na ponta dos cascos para suas lutas, Rogério comemorou mais uma defesa de cinturão de Anderson, mas não teve tempo para muita festa. Depois de afiar Galvão para mais uma vitória, Rogerão coloca Jacaré em forma para sua disputa de cinturão no Dream, contra Jason Miller, no dia 26 de maio. Em entrevista ao jornalista Marcelo Alonso, Camões detalhou a preparação de Jacaré para a luta, comparou os treinos entre os campeões e falou sobre sua equipe.

Como está a preparação do Jacaré?

Ele está pronto. A gente vem se preparando para essa disputa de cinturão há seis meses. A luta foi adiada duas vezes e agente conseguiu dar continuidade ao treinamento dele. Ele é um cara muito focado. No meu trabalho, junto com o (Josuel) Distak, o Jacaré está pronto hoje. Vamos entrar em um período de manutenção, justamente para ele não virar, guardar essa vontade que ele está de lutar. Ele está se sentindo muito bem.

Quanto ele perdeu de gordura?

Ele teve uma perda de 3% de gordura e ganhou 3kg de massa muscular.

Vocês estão fazendo esse trabalho há quanto tempo?

Seis meses, desde que o Jacaré chegou. Hoje, ele se encontra muito mais forte, porque a gente teve esse tempo, um período de aprimorar a força do Jacaré. Ele tinha uma força adormecida, nunca tinha feito um trabalho específico de força. Dei um estímulo, fiz um trabalho e a força dele aumentou consideravelmente. Ontem, fizemos um trabalho de arranque e ele arrancou 100kg do chão... Fez quatro repetições com 100 kg de arranque. Ou seja, para fazer força com lutador de 83kg é mole, porque ele está tirando 100kg do chão como se fosse papel. Gostei muito de trabalhar com o Jacaré, porque ele tem uma história no Jiu-Jitsu, já tem uma tradição muito forte no Jiu-Jitsu, como atleta, e no Judô. Ele é um cara muito disciplinado, e isso colaborou muito no treinamento, porque ele escuta e só faz o que você manda. Para mim, foi prazeroso trabalhar com ele.

Comparando fisicamente os três atletas de ponta que você tem (Anderson, Jacaré e Feijão), o que você diria de cada um?

Vou falar que são três atletas diferentes, porque a gente tem que falar no todo, corpo, mente e espírito. Vou colocar no patamar, primeiro o Anderson Silva, que é a grande referência, hoje, do que é um lutador de MMA. Dele, eu vou falar primeiro da parte espiritual. Espiritualmente, ele é um cara muito elevado, é bom, do bem, uma pessoa maravilhosa que todo mundo conhece. O atleta Anderson Silva é um cara que já está há muitos anos na praia, já teve um desgaste muito grande, tanto para ele quanto para os treinadores, que, para dar continuidade, têm que ter muita sensibilidade, porque ele já não precisa de tanta coisa. Você tem que ser muito específico com o Anderson, é só aquilo e pronto. Não precisa de muita coisa a mais, porque ele é um cara que é pronto, já tem uma história. Não tem o que errar com o Anderson, é só o que ele precisa e nada mais, senão enche o saco.

O Feijão é uma promessa, é um dos caras que tem maior potencial genético. O Feijão veio através do Rodrigo (Minotauro), nós o conhecemos praticamente na mesma época. O pegamos em São Paulo, o Rodrigo o trouxe para o Rio, adotei o Feijão e ele começou a fazer a preparação física específica para o MMA. Foi a primeira pessoa que peguei do zero, e vai ser de zero a 100. Criei primeiro uma estrutura física, porque lutador de MMA tem que ser muito forte, porque exige muito da capacidade do cara, não só a questão muscular, mas a articular. Eu consegui fazer esse trabalho durante quatro anos com o Feijão, e hoje eu diria que ele é um protótipo de um lutador de MMA, ele é uma promessa, acredito que seja um cara que vai conquistar um cinturão não só desse evento agora (Strikeforce), mas futuramente no UFC. Tem tudo para ser um grande referencial dentro do MMA. O Ronaldo é aquilo que já falei, é um cara que também já tem um laço de Jiu-Jitsu, tem uma genética privilegiada. Ele não tem um volume muscular como o Feijão, mas é um cara privilegiado, é altamente explosivo. Fizemos um trabalho de força e hoje ele está com uma força considerável ao que ele é, ao que vai precisar para desenvolver na luta. E é um cara de futuro também, tenho certeza que ele vai trazer esse cinturão para a gente.

Qual o nome da sua equipe?

Na verdade, o Feijão da Minotauro Team e o Jacaré veio e está vestindo a nossa marca, a X-Gym. Mas é aquilo, eu sou profissional e estamos aqui para trabalhar com qualquer um que esteja com vontade de conhecer o nosso trabalho e participar dessa equipe, que tem outros atletas e talentos que vão aparecer. Tem tanta gente que trabalha com a equipe. Isso aqui vai ser sempre assim, a gente é aberto para o mundo do MMA. Temos uma bandeira, mas a nossa maior bandeira aqui é a bandeira do esporte, que o mais importante é você trabalhar em prol do esporte, e não em vaidade. Temos que trabalhar em prol do MMA, que é um esporte em crescimento. Queremos ver esse esporte muito grande.

Fonte:Tatame

O Distak,hoje em dia em parceria com o mestre Tuniko JR.Está desenvolvendo um excelente trabalho na WFC em São Francisco.Vale a pena conferir essa parceria de feras!!!!

domingo, 3 de maio de 2009

SHOGUM RETOMA CAMINHADA PELO TITULO


A imagem da lona borrifada com o sangue que escorria da testa de um abatido Chuck Liddell contrastava com os gritos de alegria de Maurício "Shogun" Rua. O combate antológico entre os ex-campeões do Ultimate Fighting Championship (UFC) e do Pride F.C deu um novo rumo à carreira de Shogun. E talvez tenha posto um ponto final na de Chuck Liddell. "Eu sabia que essa luta era a mais difícil e importante da minha carreira. Tinha muita pressão rolando, mas isso para mim serviu como uma motivação", - revelou Shogun de volta ao Brasil numa entrevista exclusiva à coluna. Bastaram pouco mais de quatro minutos para Shogun nocautear Liddell na última edição do UFC. Um soco de esquerda, jogado meio que a esmo, mas com destino certeiro, sacudiu a cabeça de Liddell e levou ao delírio os fãs apinhados na arena do UFC 97. "Eu já esperava nocauteá-lo". "Somos dois lutadores que buscam o nocaute, alguém tinha que cair", - explicou o especialista em muay thai. O nocaute calou os críticos (e não eram poucos) que cobravam de Shogun uma atuação no UFC digna dos tempos em que ele era o campeão do Pride. Dana White, presidente do UFC, dava sinais claros de que o contrato de Shogun estava na berlinda caso ele não se apresentasse bem. E anunciou que seria o fim do contrato de Liddell se o americano fosse derrotado. Com a vitória arrasadora diante de Liddell, o curitibano que conseguiu ser graduado faixa-preta de jiu-jitsu com apenas quatro anos de treino entra agora na trilha pela busca do cinturão do UFC. Sua próxima luta poderá ser contra o ex-campeão dos meio-pesados Quinton "Rampage" Jackson. Ou, se atenderem ao seu desejo, contra outro ex-campeão da categoria, o algoz de sua estréia no UFC, Forrest Griffin. "Com certeza ele (o Rampage) tem muita chance de ser meu próximo adversário". "Eu não escolho oponentes. Mas seria ótimo lutar com o Forrest", contou o atleta. Na entrevista, Shogun relembra de alguns momentos do Pride (falecido evento japonês), como o nocaute sobre o rival Ricardo Arona. E também dá a versão dele sobre o suposto acerto com Wanderley Silva caso se enfrentassem na final do Grand Pix do Pride (torneio de mais de uma luta na mesma noite). "Ninguém ia entregar a vitória. Se fosse para entregar, eu saberia. Eu dou minha palavra que nunca soube disso." Shogun conta ainda quem são seus ídolos no MMA. Enumera os maiores adversários da sua categoria no UFC. Diz quem foi seu maior rival nos ringues. Dá palpites para as próximas lutas do Lyoto Machida e do Anderson Silva. E fala sobre a sua academia de origem, a Chute Boxe. Segue a entrevista: Ficou surpreso por ter nocauteado o Liddell em menos de cinco minutos? Eu sempre me via vitorioso na luta contra o Liddell. A gente que treina o dia inteiro espera o combate de qualquer maneira e sempre está preparado para tudo. O Liddell é um cara bom, que tem uma boa trocação (socos e chutes). Mas eu já esperava nocauteá-lo. Eu treinei para um combate de três rounds. Mas imaginava que a luta seria assim mesmo. Nós dois temos um jogo de partir para a trocação. Tinha que acabar em nocaute, só não sabia em qual round. Se fosse uma luta contra um cara do jiu-jitsu ficaria mais difícil de prever. Mas como somos dois lutadores que buscam o nocaute, alguém tinha que cair. O UFC já estuda quem será seu próximo adversário? Não, na verdade não tem ainda nada certo. Conversei com meu empresário sobre a minha renovação de contrato com o UFC e devo lutar daqui a cinco meses. É o que quero e pedi isso para o Eduardo Alonso (empresário do Shogun). Ele vai negociar com o pessoal do UFC. Quinton "Rampage" Jackson disse num programa do UFC que sonha em fazer uma revanche contigo. O que você acha? Lutaria amarradão contra ele de novo. Com certeza ele tem muita chance de ser meu próximo adversário. Sei que o pessoal do UFC quer casar essa luta. Interessa muito a eles. Pensa numa revanche com o Forrest Griffin, ele está no topo da lista de adversários do UFC que você deseja enfrentar? Com certeza. Os caras (jornalistas) me perguntaram quem eu queria lutar depois de vencer o Liddell. Eu disse que lutaria contra qualquer um, que não escolho adversários. Mas seria ótimo lutar com o Forrest. Eu ficaria muito feliz se vencesse o Forrest já que ele é um dos tops (melhores) da categoria. Ele venceu o Quinton Jackson, que era o campeão. Se eu ganhar dele sei que vou passar a ser considerado um dos tops nos Estados Unidos. De zero a 100%, qual a chance de perder para o Forrest numa eventual revanche? Diria que de 50%. O Quinton tem um bom jogo e nos dois teríamos chances. (Shogun havia confundido a pergunta e achado que se tratava de uma revanche com o Quinton). Shogun, to me referindo a uma revanche com Forrest Griffin, e não com o Quinton Jackson. Qual chance de perder para o Forrest? Ah, bom eu diria 60% de chance deu ganhar e 40% pra ele. Ele treina duro. Mas eu confio no meu jogo e sempre vou acreditar mais em mim. Sei do meu potencial. Se não pensar assim não vale a pena lutar. Mas você tinha entendido errado a pergunta e falado que contra o Quinton a chance de vitória seria de meio a meio. Quinton é um adversário mais duro do que o Forrest? Os dois são duros. Contra o Quinton eu diria que minhas chances são as mesmas que teria contra o Forrest. 60% pra mim e 40% para o Quinton (risos). Você acha que o favoritismo na luta contra o Forrest atrapalhou seu desempenho? Eu luto melhor quando meu adversário é o favorito. Eu preciso aprender a lutar bem quando eu sou o favorito. Com o Forrest e o Coleman eu era o favorito e lutei mal. Contra o Liddell, aproveitei o favoritismo dele para buscar nisso um incentivo a mais na busca pela vitória e ganhei. Se vencer o Forrest só faltará o Renato "Babalu" Sobral para vingar todas as suas derrotas. Pensa em enfrentá-lo de novo, apesar de ser pouco provável que isso ocorra? Na verdade nunca pensei. O Babalu ta há muito tempo no MMA. É um cara muito bom que eu respeito muito. Mas se eu lutasse com ele de novo com certeza a história seria diferente. Aquela época eu tava começando, tinha 22 anos. Era minha quinta luta. Evolui muito e sei que hoje o resultado seria outro. Você sentia que seu contrato com o UFC estava em risco se perdesse ou fizesse uma luta morna contra o Liddell? Com certeza eu sabia que essa luta era a mais difícil e importante da minha carreira. Tinha muita pressão rolando, mas isso para mim serviu como uma motivação a mais. A gente só erra quando tem medo de errar, quando não tem medo não erra. Entrei despreocupado, sem medo e motivado pela pressão. Queria provar o que eu era capaz de fazer. O Liddell prometeu em várias entrevistas que iria trucidar contigo, mas não aguentou nem um round. O que achou das declarações dele? Quem tem boca fala o que quer. A gente tem que cuidar com o que a gente fala e não com o que a gente ouve. O que o coração sente a gente não fala. A gente tem que tomar cuidado com nossas palavras. Ele falou demais e entrou com o compromisso de provar o que tinha falado. Eu não gosto de carregar para a luta essa pressão de falar as coisas e depois ter que cumprir com o que disse Dana White quer aposentar o Liddell. Você, que o enfrentou, acha que a idade está pesando contra ele? Se for analisar, os tops no mundo todo estão na faixa etária do Liddell. Eu acho que ele tava bem na nossa luta e acertou bons socos. Ainda bem que eu tava com a guarda alta e me protegi. Me defendi dos socos e acertei alguns golpes. Mas ele tava bem. Fisicamente estava em uma de suas melhores fases. Lembra que ele falava sobre a alimentação saudável dele? Ele ta em forma.
Qual a importância de Sergio Cunha na preparação para a luta contra o Liddell? Na verdade ele foi uma espécie de coordenador geral da minha preparação para a luta. Ele organizava meus treinos de MMA e me motivava a treinar. Foi um professor de MMA, meu grande mestre, meu amigo. Depois de sua luta contra o Coleman você se abateu com as criticas de parte dos jornalistas e dos fãs? Fiquei chateado com o meu desempenho e não com as criticas. Tinham criticas que eram fortes e ai não gostei (risos), mas eu sabia do meu potencial e que só dependia de mim para voltar a me apresentar bem. Vamos ver o Shogun com o cinturão do UFC como vimos no Pride? Espero que isso aconteça o mais breve possível (risos). Meu grande sonho é o cinturão do UFC. Mas não penso nisso. Sempre penso em vencer a próxima luta. Sei que se vencer meu próximo adversário, uma hora serei o campeão. Mas numa categoria tão foda, como é a do meio-pesado no UFC, é até um pecado pensar em cinturão.
Prefere lutar no octógono ou no ringue?
Um ano atrás no ringue. Hoje, no octógono. Não sei se estaria preparado hoje para lutar no ringue. Todo meu treinamento é dedicado ao espaço que existe no octógono. UFC ou Pride? Na verdade são dois eventos bastante diferentes. O UFC lembra mais os torneios de MMA do Brasil. A gritaria e a pressão da torcida é forte. No Japão eles ficam tão calados que só dá para ouvir sussurros. Já lutei no Japão e nos Estados Unidos e gosto dos dois. Quem são os cinco melhores lutadores da categoria meio-pesado do UFC? Lyoto Machida, Rashad Evans, Quinton Jackson, Forrest Griffin e Wanderley Silva. Nessa ordem? Não, sem ordem, todos são tops. E você, não está entre os cinco? Olha, (risos) eu não sei. Sei que esse negócio de ranking é importante e durante muitos anos eu era considerado um dos melhores, mesmo quando fiquei um ano sem lutar. Mas hoje eu não quero me colocar no ranking. Passo essa pergunta (risos). Wanderley baixou de peso e no futuro poderá enfrentar o Anderson. Os dois eram seus companheiros de treino. Em um eventual confronto entre eles quem levaria a melhor? Eu acho que o Dana White vai oficializar a categoria até 88kg no UFC. No boxe tem muitas categorias e o UFC tem menos categorias. Como o MMA ta cada vez mais sensacional e maior, acho que vão criar mais essa categoria. Não é à toa que a próxima luta do Wanderley (contra Rich Franklin) será na categoria até 88kg. Acho que o Dana vai deixar o Wand ai. Mesmo que o UFC crie uma nova categoria o Anderson poderá facilmente subir de peso para enfrentar o Wanderley. Se isso acontecer, quem ganha? Assim você quer me complicar (risos). Os dois são muito amigos meus. Eu tenho mais afinidade com o Wanderley, com que passei mais tempo treinando. Mas não quero me meter na confusão dos outros. Vou ficar te devendo essa resposta. Não quero ficar na corda bamba. Relembrando um pouco o Pride, teve um sabor a mais bater o Ricardo Arona num momento em que a rivalidade entre a Chute Boxe e a BTT (Brazilian Top Team) estava no auge? Na verdade não é um sabor a mais, é uma motivação a mais. Ele tinha batido o Wanderley. Não é fácil ver seu ídolo perder. Mas isso me serviu como incentivo para ir lá e vencer. Tinha uma pressão da academia. Eu não podia perder e deixar a galera na mão. Tinha entrado no GP (torneio do Pride) como uma grande zebra. Então foda-se, entrei sem medo de perder. Na época eu gostava de falar que a BTT era minha maior motivação (risos). É verdade que se a final o GP do Pride fosse decidida entre você e o Wanderley você iria entregar a luta? Não, de jeito nenhum. Eu conversei com o Rudimar Fedrigo (líder da Chute Boxe) e não tinha isso. A gente ia lutar. Mas em momento nenhum eu estava pensando no Arona, no Wanderley ou na final do GP. Tava concentrado apenas na minha luta contra o Overeem (Alistar Overeem). Até porque se eu ficasse pensando nisso perderia para o Overeem.
Mas foi o Wandeley que falou depois do GP que você ia entregar a vitória para ele.
É, não sei por que o Wandeco falou isso (risos). Mas se fosse para armar alguma coisa eu ia ter ficado sabendo. E eu nunca soube disso. Nós dois somos profissionais e teríamos que lutar. Ninguém ia entregar a vitória. Se fosse para entregar, eu saberia. Eu dou minha palavra que nunca soube disso. O que está acontecendo com seu irmão, o Murilo Ninja, que anda se apresentando mal? Acho que ele ta cansado. Há 12 anos ele treina forte e está na hora de parar um pouco, por uns seis meses, talvez. Precisa dar um tempo e depois ver se volta em um grande evento. Lyoto ou Rashad, quem ganha a disputa pelo cinturão da sua categoria no UFC? Vou de Lyoto. O Rashad é muito estrategista, assim como o Lyoto. Mas é difícil se preparar para lutar contra o Lyoto. É difícil arrumar sparrings que tenham um jogo parecido com o do Lyoto. Ele deve vencer por pontos. Anderson Silva e Forrest Griffin lutarão em breve. Você conhece bem os dois. Como analisa esse combate? Acho que dá Anderson. Com certeza dá ele. Acho que ele está bem preparado e o Griffin vai entrar no jogo dele. Vai partir para a trocação. O Anderson vai esperar para bater no contragolpe. Mas o Griffin é um cara forte que aguenta porrada. O Griffin costuma pesar 103kg. Será uma luta dura que deverá ser decidida por pontos. Mas dá Anderson. Farei perguntas estilo bate pronto. Responda o que vier na cabeça, sem se aprofundar nas respostas. Ídolo no MMA? Meu irmão (Murilo Ninja) e Wanderley Silva. Maior vitória de sua vida? Contra o Arona. Putz, não, contra o Liddell. É, com certeza, o Liddell. Maior rival enfrentado em sua carreira? Nunca tive nenhum rival. Deixa eu pensar... Mark Coleman, na segunda luta contra ele. O que significou a Chute Boxe? Significou uma academia que me ensinou tudo que eu sei e pela qual tenho muito respeito e admiração. Pior momento de sua carreira? Em 2007, depois da segunda cirurgia no joelho.
Wanderley Silva:
Um grande amigo e eu sou um grande fã dele. Rudimar Fedrigo (fundador da Chute Boxe): Um bom líder, uma pessoa que devo respeito, um grande e mestre, mas acho que não acompanhou a evolução do MMA. Rafael Cordeiro (um dos pais da Chute Boxe): Um grande professor. Dana White?
O cara que levantou o MMA, que revolucionou esse esporte.
A quem você credita sua vitória sobre Liddell? Queria agradecer a todos que me ajudaram. Ao professor de boxe Lucas França, meu professor de muay thai Fernando Fefê, à equipe do Damien Maia, ao professor de wrestler Renato Roma, meu preparador físico Eric, ao André e em especial ao Eduardo Alonso, Tuba, Cunha e ao meu irmão.

sábado, 2 de maio de 2009

SENGOKU:Xande Ribeiro nocauteia e Marlon Sandro segue no GP



Duas vitórias em duas lutas como profissional, ambas por nocaute. Este é retrospecto que Xande Ribeiro vem construindo em suas atuações no Sengoku. Escalado para ser uma das atrações do evento realizado na manhã de hoje, no Japão, o bicampeão mundial absoluto de Jiu-Jitsu mostrou que é perigoso também quando o assunto é lutar em pé.

Com um certeiro gancho de direita, Xande nocauteou o japonês Keiichiro Yamamiya aos 51 segundos do terceiro round. O desfecho fez justiça ao domínio apresentado nas duas primeiras parciais, uma vez que a finalização na chave de braço só não foi conseguida no primeiro round pois o japonês acabou salvo pelo gongo.

Outro brasileiro que se deu bem no Sengoku 8 foi Marlon Sandro. Participante do GP dos penas da organização, Marlon precisou de apenas 19 segundos para nocautear Nick Denis e garantir vaga entre os quatro semifinalistas.


Os lamentos da torcida brasileira ficaram por conta da derrota de Michael Costa para Makoto Takimoto e de Leo Santos para Kazunori Yokota.

Hirotoshi Saito finalizou Yoshitaka Abe com uma chave de braço aos 2min52s do 1R
Shigeki Osawa derrotou Kota Ishibashi por decisão unânime dos jurados
Akihiko Mori derrotou Maximo Blanco por desclassificação (chute ilegal) aos 4min20s do 1R
Stanislav Nedkov derrotou Travis Wiuff por TKO (socos) aos 42s do 3R
Makoto Takimoto finalizou Michael Costa com uma chave de calcanhar aos 3min31s do 1R
Marlon Sandro nocauteou Nick Denis aos 19s do 1R*
Masanori Kanehara derrotou Chang Sung Jung por decisão unânime dos jurados*
Xande Ribeiro nocauteou Keiichiro Yamamiya aos 51s do 3R
Kazunori Yokota derrotou Leo Santos por decisão dividida dos jurados
Michihiro Omigawa derrotou Nam Pham por TKO (socos) aos 4min52s do 1R*
Hatsu Hioki finalizou Ronnie Mann com um triângulo aos 3min09s do 1R*

*Lutas válidas pelo GP dos penas